sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alemanha 2

Sexta 30/04/10
Que dia! Acordo com a porta da sala batendo com o vento frio da manhã que entrava pela janela. Ainda tento continuar domrindo naquele confortável sofá mas o barulho é mais forte que o meu sono. A mãe da Tina já estava na cozinha arrumando a mesa para o café da manhã. Ofereço ajuda que logo foi dispensada com um "ah, já terminei, obrigado", "Vamos esperar mais uns 15 minutos para o meu marido chegar". Eu fui ver a TV que estava ligada na MTV. Vi pela 15ª vez na semana o clipe da Lady Gaga com a Beyonce, Telephone, outro com um negro e David Gueta que agora não me sai da cabeça e um último que me pareceu melhor que os dois primeiros "Acapella" de uma negra de cabelos curtos que me esqueci o nome. Gostei do clipe, bem psicodélico e a música, apesar de repetitiva é a melhor das três. Chega em casa esse homem que precisou abaixar para não bater a cabeça no topo da porta: O pai de Tina. Para quem ainda não sabe ou não se lembra, Tina foi a nossa "irmã de intercâmbio" por um ano em Goiânia começando em Agosto de 2008, Alemã. Por isso estou aqui na Alemanha hospedado com a família dela por alguns dias. O pai da Tina, Joachim, me pareceu bastante simpático apesar de toda altura e busto alemão. Tomamos um café da manhã bem reforçado com direito até a ovos mexidos... Logo depois ele saiu novamente para trabalhar, havia acabado de chegar na Alemanha vinda de avião da Romênia e já saia novamente para trabalhar. Eu terminei de comer, fui arrumar as minhas coisas, que não são muitas, para seguir viagem. O plano para o dia era ir a Köln visitar um pouco e de lá ir para ... onde Tina ia me buscar para me levar para a casa dela em Haag onde estou no momento. Fomos à estação de trem e lá a mãe da Tina teve uma excelente idéia de comprar um passe de trem válido para 8 dias a escolher durante um mês, porém para fazer esse passe deveriamos ir até Düsseldorf. Fomos para lá de carro. Na estação ela me disse que pagaria o passe para mim, um presente de "aniversário" e apesar das minhas réplicas inúteis tive que ceder quando ela gentilmente disse que nós já recebemos a filha dela por um ano em nossa casa, e isso não tem dinheiro que pague. Aceitei de bom grado o presente e já fui planejando os meus próximos 15 dias. Ainda na estação ela (Sabine) me fez pegar o trem errado. Não ia para Köln e sim para uma outra cidade. Apesar de não saber uma palavra em Alemão consegui perceber a tempo o erro, parar numa estação e, por sorte um trem para Köln passaria em 5 minutos. Em Köln você já se surpreende na estação, uma linda construção, sempre cheia de gente. Se impressiona mais ainda quando dá um passo a fora e já está sobre a imensa catedral gótica do "Dom". Ainda aqui a igreja Católica mostra todo seu poder e esplendor. Subi na torre da igreja onde se via uma bela vista da cidade. Conheci uma moça japonesa lá em cima. Falava pouco inglês mas nos comunicavamos bem. Os japoneses são as coisas mais fofas, sempre sorrindo e sempre extremamente educados, e quando vão se despedir são tão tímidos e "inocentes" juntando as mãos ao centro e se curvando pra você...
Depois da igreja fui andar por uma rua para pedestres (calçadão) cheia de lojas. Fiz isso porque não daria tempo para visitar museus ou outras coisas do gênero. Muitas lojas de jogos eletrônicos. É uma pena que ando meio por fora deste mundo faz mais ou menos um ano e não aproveitaria olhando os jogos, controles, videogames, acessórios, tudo o que você imaginar relacionado a jogos. Depois dessa volta, voltei para a estação e peguei um trem para ... onde a Tina iria me buscar. Todas essas passagens de trem já me utilizando do passe (escolhi dia 30/04 como um dos 8 dias que poderei escolher para viajar). Chegando na estação depois de 3 horas e uma troca de trem, não encontro com Tina que chega com 15 minutos de atraso. "Aprendi no Brasil" disse ela. Gostei muito de vê-la. E agora no seu habitat natural. Ela está dirigindo. Seu carro, um Clio 2004 é até bastante potente e percebi no primeiro momento que ela gostava de pisar fundo nas Autobahns. Ela dirigia furiosamente enquanto eu colocava Zé Ramalho e Zeca Baleiro para escutarmos. Chegamos em Haag depois de uns 45 minutos de carro e de uma bela paisagem interiorana ao por do sol. Nos arrumamos para sair. Saimos. No caminho, Tina dirigia rapidamente apesar das curvas da estrada. Eu brinquei com ela "Dirige rápido hein!" e depois perguntei "Você conhece todas as curvas daqui né? Para andar assim?" "Sim" disse ela. Eu só ri. Chegando numa cidade próxima passamos para buscar um amigo que ia conosco. Filip. Muito simpático este grande garoto. Seguimos viagem e não muito tempo depois, numa curva fechada, Tina entra a toda velocidade. Eu disse "Tina,..." denovo "Tina!" e já ouvia os pneus cantando como carro de corrida e, em um pequeno instante, Tina estava na contramão e no instante seguinte, já havia saido pela tangente da curva. Sim. Um acidente de carro. Batemos num pequeno poste de concreto que servia para sinalização e paramos no barranco a frente com os airbags estourados em nossas caras. Foi bem horrivelzinho mas o pior naqueles instantes de tensão é pensar no estado do outro. Logo saí do carro com meu nariz sangrando preocupadíssimo com Tina, pois a batida tinha sido do lado do motorista mas, por sorte, ela estava bem, assim como seu amigo Filip que foi o anjo salvador porque foi ele que manteve a cabeça fria e fez tudo o que tinha que fazer, chamar o polícia, avisar a alguns amigos,etc, enquanto Tina desesperada sem saber o que fazer e o que falar e eu tranquilo e feliz por não ter ocorrido nada com ninguém. Tina por sua vez não estava desesperada pela perda material do carro ou de ter que falar com os pais sobre isso e sobre toda a burocracia do acidente mas sim por o que nós pensariamos dela dali para a frente, de nunca mais querermos entrar num carro com ela ao volante, ou por ficar chateado de alguma forma com ela, ou seja, por possíveis traumas que ela causaria em nós. Achei uma maneira interessante de pensamento. Depois de tudo, da polícia, do guinchi, do hospital para os pequenos arranhões ela decidiu que iria para a festa de qualquer modo para, segundo ela, esquecer isso e tirar da cabeça esse acidente e pediu para que eu a ajudasse. Eu estava tão tranquilo sobre aquilo tudo que precisaria alguém me falar do acidente para eu me recordar...
Fomos para a festa...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Alemanha

Wuppertal,
28/04/10

Depois de retornar de Pisa e do meu giro pelo sul da Itália, repousei dois dias em Bologna onde reencontrei Francesco, Monica, Nicoló e até Rila que havia voltado de Londres. Quando cheguei percebi que ali era minha cidade na Itália, era como se tivesse retornado à casa. Porque é diferente você chegar em um lugar onde sabe onde estão as coisas, os endereços, ruas, etc.
Na quarta feira (hoje) viajei com a Ryanair para a Alemanha. Frankfurt (Hahn). Um jogo de marketing da empresa aérea que coloca o nome de Frankfurt em um aeroporto que fica a mais de 100 quilômetros da cidade. Mas, também, vôos por 3 euros... O vôo não foi muito agradável porém rápido. Dentro do avião vendiam de tudo. Perguntei o preço da água, 3 euros, traduzindo, 7 reais e 50. Estava com sede, continuei.
A mãe da Tina foi me buscar no aeroporto. Muito bem da parte dela porque o aeroporto ficava a 200 km do lugar onde ela está trabalhando no momento, ou seja, ela andar 400 km por minha causa. Agora estou nesta cidade chamada Wuppertal e a Alemanha me deixou uma muito boa primeira impressão. Andando pelas autobahns sem limite de velocidade passamos por Köln, Leverkusen, Nurburgring, onde tem o circuito de F1 e o circuito de testes o qual também tem no Grand Turismo... Amanhã saio para conhecer a cidade.

29/04/10

Hoje foi bem legal. Acordei pela primeira vez num país que não a Itália. Saí sozinho para conhecer um pouco a cidade. As ruas são muito limpas e têm muitas árvores. Fui ao centro onde havia o peculiar da cidade, uma espécie de trem só que de cabeça para baixo, de modo que o trilho é em cima e o vagão fica suspenso no ar sobre o rio que é também seu percurso. Entrei num shopping. O primeiro aqui na Europa que lembra os shoppings brasileiros. Dei uma volta para ver os preços, que tipo de coisas vendiam por aqui, como são as pessoas, escutar um pouco da língua... Bem interessante as coisas que vi. É, é cedo ainda, mas parece me que as meninas daqui são mais bonitas que as italianas. Depois de passar a tarde fora retorno à casa, me encontro com a mãe de Tina e vamos a Dusseldorf para conhecer a cidade e jantar por lá. É maior que Wuppertal e mais bonita. Não como as cidades italianas. É uma cidade muito moderna e industrial. Subimos na alta torre de TV para termos uma visão panorâmica da cidade. Subimos a 168 metros, em 45 segundos :D. Sim, estou na Alemanha, as casas características, a organização, os nós rodoviários, as indústrias ao fundo... Andamos na beira do rio, comemos por perto e passava por coincidência na TV o jogo Inter x Barcelona e o Barsa ganhou porém a Inter se classifica pela diferença dos gols. Comemos uma carne de porco empanada e batatas. Segundo ela, comida típica daqui. Demos outra volta no centro da cidade, voltamos, pegamos a autobahn, fomos guiados pelo GPS e em Wuppertal comemos o tradicional sorvete em que o garçom e também dono era italiano. Eu fiz o pedido em italiano e manggiamo um sorvete e depois retornamos à casa e eu pronto para dormir. A Alemanha é bem como eu imaginei por enquanto. A língua é incompreensível para mim mas dá para se virar facilmente com o inglês e isso é bom. Está um pouco mais quente do que imaginei, o que também é bom. Amanhã vou a Köln e depois a ... me esqueci o nome.
Continuando a viagem com a mochila nas costas!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Hello!

Ola pessoal. Retornando a escrever depois de muito tempo porem por pouco tempo. Mas o suficiente para dar noticias. No momento estou na Noruega mas quando deixei a casa da Tina para visitar o resto da Alemanha com o passe de trem, fui para: Frankfurt, Dredsen, Leipzig, Berlin, Hamburg e Bremen. De Bremen peguei um barato voo para a Noruega, Haugesund, onde mora Glenn e a familia dele. Cheguei no dia 15 de Maio. No dia 16 foi o meu aniversario e no dia 17 foi o dia da independencia da Noruega, isso quer dizer, nao fizemos nada mais nesses dias do que ficar a toa e festejar. Ja no dia seguinte, 18 de Maio, pegamos um voo para o norte da Noruega, uma pequena cidade chamada Molde, para conhecer aquela regiao. Ficamos hospedados na casa de um amigo do Glenn, na beira de um fiorde. Velejamos, conhecemos por terra, experenciamos a terra onde nao ha noite no verao... Lindo, eh o que posso dizer, e se nao abstrairam as fotos dirao. Depois fomos para Paris, via Oslo, onde tambem paramos para visitar um pouco da cidade. Paris 4 dias, linda, transbordada de brasileiros, falei portugues quase o tempo todo la... Fiquei com o sentimento de que ja vivi em Paris em alguma vida anterior, tudo me pareceu exageradamente familiar... Bom tempo la. Fomos inclusive ao show do Eric Clapton... Contarei os detalhes mais tarde quando tiver tempo, em outro texto. Pegamos o trem que passa debaixo do mar para ir a Liverpool com direito a parada em Londres para trocar de trem. Em Londres ja se percebia a diferenca da Inglaterra com o resto da Europa...Para comecar o lado em que os carros vao, muito estranho. Agradeco aos avisos no chao de "look at right" quando vou atravessar as ruas. Ficamos pouco tempo em Liverpool, porque um outro amigo do Glenn iria nos buscar em Liverpool, porem ele mora no Pais de Gales, e para la que fomos epassamos os proximos 4 dias. Foi lindo. Voltamos para Londres de busao para ver uma outra parte do pais. De volta a Londres desta vez ficamos por 3 dias, tao cheios que pareceram uma semana. Com direito a show de Mark Knoplfer no Royal Albert Hall e musical "We Will Rock You" baseado, obviamente, nas musicas de uma das minhas bandas favoritas "Queen". De aviao retornamos para a Noruega, onde estou no momento. E agora estamos buscando uma alternativa legal de eu poder ficar por mais tempo na Europa e quem sabe trabalhar um pouquinho para levantar uma graninha (o que ja ajuda).
Um pequeno texto apenas explicativo de como foram os meus ultimos dias, so para mante-los (quem quer que ainda esteja frequentando este blog) informados. Breve novos textos mais detalhados sobre as peripecias em Paris, Londres, Noruega e Pais de Gales. Abracos a todos e saudades do Brasil!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Napoli

Terca-feira
13/04/10
(Entao antes de Roma)
Pois bem, depois da subita decisao de vir a Napoli, depois do erro do trem noturno que sairia as 2:22 e nao 0:44 como tinha planejado, depois da noite mau-dormida no trem vejo a janela o sol nascente vermelho que surge por tras das pequenas montanhas ao leste. Um pouco embriagado ainda pelo sono me recordo que neste horizonte surgem tambem algumas industrias, depois pequenas casas ate' o concreto tomar conta de vez com a paisagem com altos predios que depois fiquei sabendo pelas placas da estacao que aquilo tudo era Roma. Nao era la o meu destino mas sim o da maioria esmagadora dos outros passageiros. De modo que me vi so na cabine que antes dividia com mais quatro homens. Depois das advertencias que havia recebido ainda em Bologna sobre o perigo de furtos em trens noturnos, ainda mais aquele que ia para a cidade mais violenta da Italia (Napoli), e estando sozinho na cabine, fiquei no dilema: durmo e deixo minha mochila e todas as minhas coisas desprotegidas pela minha inconsciencia ou ficaria acordado durante mais duas horas so pra nao correr esse risco? Dormi, obviamente. Mas antes pus a mochila e a sacola de presentes, que minha mae me incumbiu a distribuir pelos seus amigos napolitanos, numa posicao ao alto de modo que a pessoa teria que primeiro passar por cima de mim para pega-las. Foi um sono dos anjos. Nunca tinha dormido tao bem desde a minha primeira noite na Italia, e olha que fui acordado por tres vezes durante a viagem, primeiro pelo vendedor de petiscos e bebidas, depois por um cara que invadiu minha cabine querendo me vender ouro (???) e um terceiro que nao me lembro bem e so dei o trabalho de dizer "no, grazie", e ainda diversas outras vezes para verificar se tinha chegado. O leito nao era propicio para uma bela dormida como disse acima. Eram apenas dois bancos que juntos se transformavam num pequeno leito sem travesseiro mas com uma cabeceira macia. O meu corpo cabia ali apenas na posicao fetal e foi dessa maneira que me ajeitei. A pouco luz da manha que entrava pela janela, a cabine aquecida, o movimento do trem com vibracoes e curvas fizeram daquele um ambiente perfeito para um bom sono. Acordei com o meu despertador que havia posto para o horario previsto de chegada do trem 10:00. Com nenhum minuto de atraso o trem chegou na estacao central de Napoli. Eu, demente de sono, verifiquei 3 vezes para ver se nao havia deixado nada para tras pois neste estado costumo esquecer das coisas (por um exemplo um livro de Kerouac num onibus Goiania - Brasilia). Nao sabia se Guido iria me buscar na estacao e fiquei la de pe durante um bom tempo a procurar uma pessoa que nao sabia como era. Saio da estacao seguro de que ele ainda nao estava la, esperando encontrar uma bela praca com um chafariz onde pudesse me sentar calmamente a descansar e me deparo com uma pequena visao do inferno. Tudo havia a cor cinza do concreto, desde o chao ate as nuvens no ceu. No lugar onde imaginava a praca havia um espaco todo fechado, provavelmente para reforma ou construcao de algo, em frente um mar de onibus alaranjados se comprimiam numa extensao de asfalto, um abiente parecido com a rodoviaria de Brasilia sem a rodoviaria. Ao redor de tudo muitos carros estacionados e uma avenida empestada de carros e (mais ainda) vespas onde me perguntei se estava no mesmo planeta quanto as regras de transito. Mais adiante, seguindo meu raio de visao, erguiam-se predios relativamente altos e sem nenhum senso arquitetonico. Sentei-me no meio fio, dividindo o espaco com os ambulantes africanos que vendiam qualquer coisa. Abri o livro guia que carrego comigo para ver aonde iria para sair mais rapido dali, mas logo me lembrei que tinha de esperar Guido na rodoviaria. Ligo para ele, finalmente, e o mesmo estava a trabalhar de modo que quem iria me buscar seria sua mae Ester. Enquanto esperava fui dar uma olhada numa banquinha onde uma placa me chamava atencao: CD 1 euro. Eram CD's originais. Fui dar uma conferida. Os CD's nao eram muito bons, do tipo coletanea, alguns do Pavarotti, Andrea Bocceli e outros bons porem com a capa quebrada ou bem danificada... ate que ao lado havia outra plaquinha "tutto a 2 euros", fiquei meio cetico e desconfiado apos a primeira imprepressao mas fui olhar, to fazendo nada. Ja de cara vejo a capa de um disco que queria comprar a um bom tempo: "Brothers in Arms" de Dire Straits, nao hesitei, peguei o mais bem consevado e novo (eram novos e lacrados mas alguns tinham arranhoes) e coloquei no "carrinho de compra" e continuei olhando, encontrei um DVD do R.E.M., ainda nao conhecia essa banda alem da musica "Loosing my religion", hesitei de novo mas acabei levando. 10 reais, ainda esta na margem q posso gastar.
A mae de Guido foi me buscar. A senhora Ester. Desde o principio muito simpatica e sorridente. Gostei muito dela e eh em sua casa que ainda continuo hospedado. E foi aqui que chegamos depois de passar por um labirinto de ruas de trafico intenso... (TEXTO INCOMPLETO, FIQUEI 8 DIAS EM NAPOLI E AI ESTA ESCRITO APENAS A PRIMEIRA HORA, EH CLARO QUE AS SEGUINTES NAO SERIAM DETALHADAS COMO ESTA MAS POSSO DIZER QUE FOI A MELHOR SEMANA QUE PASSEI AQUI NA MINHA VIAGEM ATE AGORA, INFELIZMENTE NAO HA NADA ESCRITO PELO FATO DE NAO TER TIDO TEMPO PARA)


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Greve UnB

Que merda, acabou a greve. Agora estou oficialmente com pelo menos mais 1,5 mes de "ferias" depois que voltar ao Brasil. Mas isso pode ser bom. Talvez seja o timer exato para conseguir rearranjar um novo lugar para morar em Brasilia, pra tirar carteira de motorista (ja serei maior de idade :D) e eventualmente arrumar a burocracia para mudar de curso :P.

Notas de Viagem (Civil)

Estou num trem em direcao a Nurembuergue e olhando pela jantela e escutando um blues mergulho numa profunda reflexao sobre a minha situacao. E no meio de tudo surgeg uma intensa vontade de mudar meu curso, fazer engenharia civil. Sim, estou na Alemanha, o berco da automacao e onde se tem mais aplicacoes dessa e foi logo aqui que me vi fazendo Engenharia Civil e conseguindo ser feliz com a ideia. Alem do mais, penso que o Brasil ainda tem muito em que evoluir na area civil, estrutural antes que comecem as influencias na area automotiva... (Interrompido pela chegada a estacao)

Roma II

Na quarta-feira foi o dia do Colosseu. Colossal! Imenso surgido por entre os predios da avenida. Mas antes havia pego um onibus que ia ate a praca Venezia, uma praca diferente por ser elevada, eh uma praca sobre o morro e, como canso de dizer, as pracas aqui na Europa sao muito diferentes daquelas ai no Brasil. Havia ao topo das escadarias o Palacio a Victorio Emanuelle (se um dia vierem a Italia ouvirao muito esse nome), todo branco com colunas...enfim, havia um museu dentro, para variar, e sobre uma bela vista panoramica da cidade. A sua volta haviam ruinas da Roma antiga que mais tarde eu descobriria que era um grande parque com varias ruinas. Fui ao Colosseu nao muito distante. A entrada que deveria ser 11 euros era de graca por ser na semana da cultura la. Aproveitei a generosidade e entrei feliz. Por dentro nada de muito especial a nao ser um videozinho tosco pseudoexplicativo que tinha uma trilha sonora com musicas de Led Zeppelin. Desculpem a decepcao... Eh so isso... Ta, vou escrever mais sobre ele. Por aqui eh chamado "Anfiteatro Flavio" seu verdadeiro nome, criado com capacidade para 70 mil pessoas. Um grande feito para a engenheria da epoca apesar de hoje nao restar nada menos que a carcaca daquilo que foi durante muitos anos o palco principal para o lazer romano. Lutas entre humanos e animais, exibicoes e simulacoes excepcionais do habitat de um certo animal (para isso sendo transportadas para dentro da arena, e plantadas la, arvores gigantes e ate construindo pequenos rios), tudo para deixar o ambiente mais real e os jogos mais divertidos e interessantes. Depois do grande anfiteatro fui para a grande area ja citada, onde ha varias ruinas de uma escavacao, mostrando o resto daquilo que uma vez fora o centro do mundo, do poder. Ruinas que claramente pertenciam a construcoes grandiosas e algumas mais bem conservadas que serviram pra mostrar isso. Dentro deste parque conheci um homem que trabalha pela ONU no Chipre. Ele era da Republica Dominicana. Tivemos uma excelente conversa sobre os tipos de turismo e de pessoas ao redor do mundo. Prometi-lhe que iria ao Chipre e ele disse que seu sonho era ir ao Brasil. Peguem o mapa para ver onde eh o Chipre! E, nao se enganem, passei o dia todo nesses tres lugares. Eh muita coisa para se ver, garanto. No fim da tarde passei ao lado de um museu que havia um amostra sobre a Emigracao Italiana. Entrei para ver coisas sobre o Brasil e descobri que, disparadamente, o pais que tem mais imigrantes de origem italiana eh a Argentina, e o Brasil ocupa uma modesta segunda posicao. Depois de me recordar um pouco da novela Terra Nostra retorno ao hotel, descanso e saio para comer com o padre Giancarlo. Dessa vez comemos carne. Estava boa mas, com o preco que pagamos por aquele modesto prato individual de picanha no Brasil se come um rodizio no Montana Grill. Nao fui eu que paguei. Depois comemos o classico gelato pos janta (se come muito sorvete aqui, e eh muito melhor que o sorvete brasileiro) e voltei pra casa...cama. Um ritmo alicinante e exaustivo. Na quinta foi um dia mais livre e foi o dia que eu mais vaguei pela cidade, descobrindo os pontos para "meditar", as igrejas surpreendentes, as pracas pitorescas e cheias de vida, as fontes e chafarizes que foram cenario de filmes romanticos na decada de 30... Um belo dia. O melhor daqueles que passei aqui. De noite mangiamos um risotto muito bom com uma especie de camarao um pouco maior.
O dia seguinte, ontem, o tempo se fechou e a Roma bonita e ensolarada que havia conhecido desapareceu por entre as nuvens. Fui ao centro novamente. Praca da republica, igreja, igreja, igrejas... Estava passando por um museu quando entrei para procurar por um banheiro, usei o banheiro e percebi que aquele museu tambem era gratuito. Entrei pra matar o tempo. Um lindo museu mas nao tao lindo quanto aquele que visitaria a noite: "Musei dei Vaticano", um imenso complexo de museus que fica dentro dos muros do Vaticano que expoe muitas obras de arte, e nao so aquelas relacionadas a igreja. No fim de 3 horas de museu e tudo mais ha o 'Grand Finale', a Capela Sistina onde estao os lendarios afrescos de Michelangelo. Eh fantastico, fantastico! Cada vez fica mais facil se embasbacar com tamanha capacidade criativa do ser humano. Eu sinto muito por estar cansado e nao querer escrever um texto relevante sobre esse assunto que esta bem (a)fresco na minha mente. Hoje foi o dia de deixar o hotel. Peguei minhas coisas todas, torci que coubesse tudo na mochila e me mandei. Fiquei mais algumas horas andando pelo centro e fui para o terminal de trem em direcao a Pisa. Sorte a de voces de poderem ler com as letras exatas do computador e nao o real manuscrito as letras tortas e tremidas do trem... Pisa, Pisa, aqui vou eu!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Augustiner

Estou em Munique, sao onze e meia da noite, tomando uma cerveja "Augustiner" no bar do albergue que por sinal esta cheio. Minha ulmtima noite em Munique e a promessa de tomar cerveja nas terras da bavaria foi cumprida. Amanha cedo vou para Salzburgo, na Austria. Beijos a todos!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Roma

19/04/2010
"Quem tem boca...", aqui estou. Roma, Roma... Cheguei na segunda-feira a tarde e tive sorte porque desde segunda faz um belo tempo. O sol aparece com muita frequencia dispensando, pela primeira vez, a minha jaqueta. Ah, como eh melhor assim. Nao gosto de roupas de frio com suas mangas compridas que tampam todo o braco... Para mim essa temperatura que faz aqui nesses dias eh a ideal. De dia por volta dos 19,20,21 graus celcius. Perfeito para um turista que anda de la pra ca sob o sol durante o dia todo. E eh basicamente isso que tenho feito ultimamente. Giancarlo eh o nome do "meu amigo" aqui em Roma. Ele eh um padre dominicano. Nao havia como me hospedar em sua casa pois ele mora no internato da escola dos oficiais da policia e nao tem como ter hospedes, de modo que, muito gentilmente ele me ofereceu um quarto na "casa de freiras" que nada mais eh do que um pequeno hotel com "douze" quartos, onde estou neste exato momento, no quarto seis, um quarto com duas camas de solteiro e uma TV e, eh claro, um limpo e belo banheiro.
Na noite em que cheguei so deu tempo de sair pra jantar, o que tambem se repetiria nos dias seguintes. Comemos pizza, daquele jeito, uma pra cada. Voltei, dormi bem. No outro dia cedo, depois do cafe da manha oferecido no (que chamaremos de) hotel (daqui pra frente), Giancarlo me buscou com seu motorista particular e me deixou na Piazza Pietro. Uma bela maneira de se comecar a conhecer Roma, e que bela! A praca eh magnifica porem nada mais do que aquilo doque devem conhecer nos filmes e nas fotos. Em frente a Basilica imensa com a sua cupula mundialmente conhecida. Aqui se percebe bem que eh uma cidade turistica ou ponto turistico. A praca cheia, cheia, cheia e cheia de pessoas (agora efetivamente) de todo o mundo. Japoneses, Alemaes, Ingleses, Americanos, Espanhois, Italianos e Franceses sao os que aparecem com mais frequencia, mas nao raramente se escuta alguns "Vem aqui!", "Tira uma foto minha assim!", "Vamo ali oh!" de turistas brasileiros nao muito diferentes dos europeus, fisicamente falando, porque a maioria daqueles que tem a oportunidade de dar as caras por aqui sao exatamente os brancos que carregam no sangeu e nos sobrenomes um pouco da Europa dos seus antepassados, nao excluindo eu, sendo 50% polones e carregando um peculiar Cezne como sobrenome.
Entrando na Igreja, depois de passar por um forte esquema de seguranca igual ao de um aeroporto, com detectores de metais e tudo mais, se ve o dourado que nos enche os olhos, eh lindo. Nao eh a toa que eh a maior construcao da Igreja Catolica do mundo. Cor de ouro eh a cor dominante no interior da Basilica, e branco. Nao ha ponto onde olhar que nao tenha alguma decoracao, ou afresco, ou mosaico, ou pintura, ou ouro... La dentro tem varias esculturas de varios artistas conhecidos (quando for velho e tiver tempo e dinheiro suficiente para pagar um guia direi exatamente os nomes dos artistas, peculiaridades das obras, etc, etc...). A mais conhecida a "Pietá" (acabei de descobrir como coloca acento agudo nesse teclado) de Michelangelo, bonita. Porém a minha atencao toda, ali do lado da obra prima de Michelangelo, estava numa moca , linda, loira que para mim estava mais abencoada que os santos da igreja e mais iluminada que os anjos na cupula. Procurava encontrar um defeito naquilo que parecia a perfeicao à minha frente, em vao. Quando ela olhava para mim com seus olhos negros era como olhar ao sol, apesar da sua beleza nao se consegue fixar o olhar por causa do seu forte brilho, e logo eu desviava o olho mas logo logo ele voltava teimoso a admirá-la como um olho suicida: preferia olhá-la por pouquíssimos instantes e correr o risco de nao ver mais nada no mundo, de cegar se a perder aquela maravilhosa visao da perfeicao para todo o sempre. Como do nada apareceu do nada se foi e eu me vi sozinho de novo no meio daquelas centenas de turistas.
Sob a Basilica estavam os tumulos dos ex-papas. O mais bonito o de Joao Paulo I, o mais visitado, disparadamente, o de Joao Paulo II. No sentido oposto, ou seja, sobre a Basilica, tem a cúpula a qual pode subir. 5€ para subir a pé e 7€ para quem quisesse o elevador. 563 degraus. Subi para a recompensa no alto. Se via um excelente panorama da cidade de um dos seus pontos mais altos. Linda é Roma. Teria ficado mais tempo la em cima adimirando e meditando se nao tivessem tantos turistas. Fui meditar na praca, sentado nos pes de uma das colunas e aproveitei tambem para comer, almocar ali nos pes da Basilica, dois sanduichinhos e beber agua. Como gosto disso! Viveria so disso se possivel, errante pelas pracas do mundo. Conheci uma hermana argentina que parecia o Maradonna, pedi para ela tirar um, tirou duas, e depois cada um seguiu o seu caminho. Ah, conheci tambem duas simpaticas holandezas, porem mais umas tipicas amizades de 5 minutos... Fui ao castelo Sant'angelo depois. Um castelinho legal onde tem um pequeno museu. Foi la que descobri que estou numa especie de semana cultural e alguns museus e pontos turisticos de Roma estao abertos ao publico de graca. Sorte minha. Vou andar um pouco ao centro para dar aquela conhecida e ao anoitecer retorno à casa. Giancarlo me levou ao centro novamente para perto de onde ele rezava uma missa. Me deixou andar pela regiao, como gosto. Era proximo a uma praca (que mais tarde retornaria à luz do dia) muito bonita chamada P. Navona, é tambem a localidade da embaixada do Brasil, num predio muito bonito por sinal. Na praca se espalham artistas, pintores, musicos e comediantes, um bom passeio. Alguns, a maioria, tinha muito talento, um ambiente bem bucolico. Depois de dar uma volta vou para um dos cafes ao redor da praca para ver de longe o jogo Inter x Barcelona. Eu acho que sou pe quente para o Inter, primeiro em Urbino quando a Inter derotou o Chelsea com gol de Eto'o e agora aqui em Roma. Quando cheguei estava 1 a zero para o Barca, quando sai 2 a 1 para a Inter.
Fui a igreja, peguei o fimzinho da missa e fomos comer uma salada e macarrao. Voltei morto e cai na cama

domingo, 25 de abril de 2010

Capri

Os fatos aqui estao um pouco fora de ordem, antes de Capri eu passei cinco dias em Napoli e dois na ilha de Ischia os quais citarei melhor depois, pois ainda nao os escrevi.

Me ponho a escrever aqui em Capri, uma ilha proxima a Napoli. Começou a chover e eu estou abrigado numa espécie de mesa coberta onde havia parado para comer meu panini que trouxera de casa. Ha pouco tempo descobri que essa ilha que estou é a ilha onde se passa um dos circuitos de Rally do jogo de video-game Grand Turismo. Um excelente jogo de carro o qual marcou boa parte da minha infancia e adolecencia, boa parte. Esse lindo circuito estivera no jogo com o nome de Città di Amalfi e as vezes o jogava somente para me deliciar com a bela paisagem virtual do outro lado da tela. Com o meu Hilux Prototype Rally Edition fazia o circuito em 4 minutos. A pé com a quantidade de subidas, descidas e possiveis paradas para observar o cenario, calculei 3 horas. Havia chegado de barco da ilha de Ischia as 11 e voltaria as 4 e 40 da tarde, tranquilo. No jogo sempre que se jogava havia um tempo excelente: o céu totalmente limpo, o sol brilhando, as aguas muito claras... Chego aqui no frio, com uma neblina expessa e agora começa a chover... Era um sonho da minha adolecencia vir para esta ilha mesmo sem saber exatamente onde ficava, e, de uma maneira coincidentemente inesperada aqui estou, realizando um dos meus "sonhos". Agora a chuva deu uma parada, vou aproveitar...

...

A chuva nao havia parado. Nao sabia aonde ia e fui procurar um lugar no centro onde pudesse me localizar no mapa e decidir aonde ia. Havia um grupo de turistas americanos que estavam parados no unico lugar coberto e protegido da chuva. Enquanto analisava o mapa ouvia o guia deste grupo dizendo: "A chuva aqui pode durar tres dias entao...". Nem esperei ele terminar o que estava dizendo. Em Goiania quando chove a gente espera a chuva passar para fazermos algo. Nao tinha tempo para esperar 3 dias e me meti debaixo da chuva, escolhi uma direçao aleatoria e me mandei. Escolhi bem. Fui parar num lugar lindo e sem nenhum turista. Lindo mesmo. Fiquei um pouco ali debeixo da chuva me aventurando no meio das pedras e vendo de quando em quando barcos de turistas passando distante e tirando fotos. Fiz alguns videos toscos e faria mais se nao tivesse medo de que a maquina quebrasse com a agua da chuva que entrava em seus meios eletronicos. Voltei, peguei o funicular para descer ao porto. Dentro do funicular conheci alguns brasileiros muito simpaticos, sempre de Sao Paulo. Um homem me deu um mapa turistico de Roma quando soube que eu iria para la poucos dias mais tarde. Infelizmente tivemos que nos separar por motivos obvios assim que chegamos na estacao final do funicular. Estavam em um grupo. Eram por volta de 40 pessoas. Todos com mais de 40 anos e a maioria com mais de 60. Eh bom escutar o portugues depois de tanto tempo. Na verdade é bom conversar em portugues, porque ouvir se ouve ate com certa frequencia em bares, restaurantes, na rua, na radio as musicas brasileiras, Tribalistas, Ivete Sangalo, Chico Buarque, Garota de Ipanema (pra variar), Originais do Samba, Caetano Veloso, etc, etc. A musica brasileira é bem apreciada por aqui e se fala muito do Brasil na Italia. Fiquei satisfeito. Imaginara um pouco mais de apatia. OK. Voltando ao porto, onde pegaria o barco de volta para Ischia, vi que ainda faltavam 40 minutos para a saida. Por orgulho fui terminar o circuito do Grand Turismo a pé. Ja havia feito metade antes quando subi a montanha, faltava a outra metade e teria que subir de novo. Fiz essa parte do circuito e percebi que o video-game era fidedigno em algumas casas e paisagens e nao em outras, sempre mudando para melhor, é claro. O circuito era muito menor que eu imaginava. Enfim. Estou indo de volta a Ischia e amanha vou a Roma.

Rabiscando

"... E, ao mesmo tempo aquele sonho perfeito é um pesadelo inigualavel pois quando acordo a realidade se faz forte e cruel: nao posso te-la em meus braços como outrora a possuia facilmente numa realidade fantastica."

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bologna!

Amanha vou a Napoli e farei meu giro maior. Começar de vez o backpack, o mochilao. Porem ainda ficarei em casa de conhecidos, mas mesmo assim é um bom passo adiante! Abraços a todos. E aqui o que se ouve falar do Brasil é o caso do diluvio no Rio de Janeiro. Para aqueles que moram la uma boa sorte no retorno da semana. Aqui se fala de mais de 200 mortos, e poem em cheque o fato do Brasil ser sede das Olimpiadas e da Copa do Mundo...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Trento

05/04/10
Nem me lembro quando foi a ultima vez qe escrevi. Nesses ultimos tempos eu tenho chegado em casa tarde o bastante para nao ter nenhuma energia para escrever... No sabado eu fui a Trento. Peguei um trem às 10:10, o mais cedo, que chegaria em Trento as exatas 12:52. No trem cheguei cedo o suficiente para encontrar um vagao todo vazio. Me sentei naturalmente perto da janela. O vagao encheu. Atraz de mim sentou-se um grupo de jovens que logo começaram a tocar violao quebrando o silencio do ambiente. A minha frente (virado pra mim) sentou uma mulher de meia-idade, mau encarada, e, depois, ao meu lado se senta um jovem alemao (ou suiço ou autriaco) com outros dois amigos que se sentaram proximo a ele. Se olharam um pouco, trocaram algumas palavras e cada um abre um livro que so parariam de ler em Verona, destino final deles. Estava um dia lindo e limpo. O grupo de jovens parou de tocar violao e começaram a jogar palavras cruzadas. Enquanto a mim, abri o livro que começei a ler esta semana "O amor em tempos de Colera" de Gabriel Garcia Marques, um escritor colombiano autor também do livro "100 anos de solidao". O titulo ja exibe um palavra que tenho dito muito ultimamente: amor, mas a escolha desses livros para eu ler foi puro acaso. Leio o livro até o grupo atraz de mim recomeçar a tocar violao: Ton toron ton ton, tà tà tàtà ta ta, tcha tcha, Ton toron ton ton... Era o começinho de Wish You Were Here, mau tocado por sinal. Começaram a "cantar" naquele sotaque de italiano falando ingles, muito engraçado. Acertavam tres palavras, resmungavam cinco e erravam dez, mas foi bem agradavel de se escutar, principalmente porque se ouvia mais vozes femininas, portanto mais delicadas. O trem parou em Verona onde desceram a maior parte das pessoas, e continuou em direçao a Trento, assim como eu. A paisagem muito bonita de fazendas, plantaçoes fica ainda mais bonita depois de passarmos por um tunel e nos vermos num vale rodeados por montanhas algumas ainda com neve em seus picos. No vale, onde encontravamos, se delineava um rio (fiume Adige), plantaçoes de uva (vinhedos) e as vias de transporte: ciclovias, rodovias e ferrovas. Eh um vale bem comprido, onde tambem se locaiza Trento a alguns quilometros adiante. Em Trento ficaria na casa de conhecidos da minha mae: Sandro, Rossane e o filho Lorenzo Nardelli, de 21 anos. Sandro me esperava na Ferroviaria. Eu so o havia visto quando muito pequeno e nao me lembrava de seu rosto. Ele veio até mim: "Alex?", "Si, si" respondi. Depois ele disse algo como "Reconheci o seu rosto de brasileiro!" Nao sei o que ele quis dier com isso mas aceitei como um elogio. Logo no caminho da estaçao para a casa dele dava para perceber a diferença de Trento com Bologna e as cidades que ja havia visto, com excessao a Venezia que é diferente de tudo. As ruas mais organizadas, as placas sempre com duas e até tres inscriçoes (italiano e alemao sempre e as vezes ingles tambem), toda a paisagem terminava em montanha (para onde se olhava se via um pico nevado), etc. Bem que minha mae falou que aqui era a regiao mais austriaca da Italia. Chegando em casa saluto Rossane e Lorenzo e logo sentamos para almoçar. Teriamos arroz e feijao. Primeira vez que comeria esse prato depois de sair do territorio brasileiro. Sandro que havia preparado. Ele morou por quatro anos no Brasil, tendo tempo para aprender a maneira correta de preparar o jenuino arroz e feijao. Estava fiel ao nosso, portanto bom. Findo o almoço Sandro me leva para subir as montanhas. Infelizmente o tempo estava fechado nao dando para ver nada do panorama e da paisagem prometida "espetacular" de Sandro. Era uma pena. Quanto mais subiamos mais o tempo fechava, mais frio ficava e mais neve precipitava. Chegamos no ponto mais alto que o carro conseguia subir. La em cima havia uma estaçao de ski onde pessoas esquiavam ou aprendiam. Estavamos a 1500 metros acima da cidade de Trento e a temperatura era de -1 ou -2 graus celcius. Saimos do carro para andar um pouco na neve. Era a primeira vez na vida que via a neve caindo. Eh belo mas nao ha nada de magico. Eh igual aos filmes. A neve no chao é legal, macia e gelada. Sandro fez uma bola de neve, mas a nossa intimidade nao lhe permitiu atirar a bola com força em mim apenas jogando para cima de uma maneira que eu pudesse pega-la. Peguei e joguei de volta pra ele. Ja imaginei uma guerra de bolas de neve em todo aquele espaço. Devi ser muito massa! Tiramos foto. Eu me arrisquei andar num trocinho que deslizava na neve que parecia ser feito para crianças de 6 a 12 anos. E ainda caì. Se descia sentado mas minha bunda nao cabia toda no trocinho e o meu pé ficava arrastando na neve. Foi horrivel. :D
Voltamos à casa para assistir o segunto tempo de Inter x Bologna pois Sandro torcia para a Inter, atual lider do campeonato. Assisti com ele pois, como sabem, gosto de futebol. O jogo acaba. Dois gols do brasileiro Tiago Motta e uma vitoria facil de 3 a 0. Milan e Roma tambem venceram, nao alterando em nada a diferenca de pontuaçao entre os lideres. Pouco depois chega Lorenzo que me convida para sair com ele. Ou iria para a missa com os pais ou sairia com o filho e seus amigos. Fui com o filho. Primeiro chegamos na casa de alguem onde havia uma grande mesa lotada de pessoas. Todos homens e uma meina que, segundo eles mesmos, era considerada homem também. Se bem me lembro tinham umas 15 a 20 pessoas naquele recinto. No meio da mesa duas caixas de cerveja com 24 latas cada. Uma ja estava no final quando cheguei. Achei interessante que aqui as pessas se demonstraram mais interessadas em mim do que aquelas que conheci em Bologna. Mais interessadas no Brasil, em saber o que eu faço, em pouco de portugues, nos meus planos pela Europa... o que eu acharia ser o normal e em Bologna com os amigos de Nicolò nao ocorreu. Nao digo que fora diferença cultural ou coisa do tipo mas é a diferença de ambietes mesmo. Os amigos de Nicolò sao bem mais alternativos do que um "alternativo comum", musicos, drogados, estao nem ai com nada... Os amigos de Lorenzo sao das humanas tambem mas sao muito mais normais (apesar de tambem drogados...). A festa nao seria ali. O motivo do encontro era o aniversario de gemeos. A janta seria num restaurante afastado da cidade que era uma antiga fazenda. Era um bocado peculiar. Serviam comida mexicana e pratos pesados de carne (maioria). Os preços me assustaram um pouco, a conversao destes em reais me assustaram muito. Pedi o mais barato, um burrito de frango. Para beber todos pediram cerveja que eram trazidas em jarras de 1,5 litros... Nao contarei os detalhes das festas, das noites e da minha vida noturna, porque:
1° Sao muitos e estou com preguiça;
2° foge um pouco do meu objetivo;

3° é um tanto particular e eu tenho vergonha.
Voltamos as 4 da manha mortos e morremos cada um em sua cama.

No domingo acordei as 11. Almoçamos carne pesada (de porco) e batatas para a pascoa. O bacalhau nao é comum aqui. Depois do almoço visitamos a mae de Sandro que conhecia minha mae. Uma sehora muito simpatica que carregava sempre um sorriso no rosto. Vivia numa casa onde tambem viviam outros familiares, irmaos, tios, netos, sobrinhos, etc. Quando cheguei fui recebido por aquela alegria familiar que enchia o ambiente. Todo mundo rindo, falando alto... Sentamos numa mesa onde estava servido uma colomba e café para quem quisesse. Conversamos um bocado sobre assuntos diversos. Riram um pouco de eu falando italiano mas depois elogiaram o meu progresso (:) e depois despedimo-nos e Lorenzo me levou para conhecer o centro da cidade. Bonito também, mas bem pequeno. Ficamos pouco tempo, demos um giro e retornamos a casa para sairmos de novo. Nesta noite teria a noite de Poker. Chegando no ambiente percebi que era serio mesmo o negocio. Vinte e uma pessoas, tres mesas com 7 pessoas cada, cada um pagaria 5€ para ingressar e teria direito, se quizesse, a tres rebuys até o fim da primeira parte, que duraria 3 horas. Foi muito bom. Fiquei de frente a uma das duas mulheres de tudo. Era uma disputa pessoal. Ela nao era bonita mas tinha uns olhos maravilhosos. Foram até muita as vezes que ficamos so nos dois disputando o pot. E algumas vezes eu aceitava o raise so para ter motivo para ficar olhando em seus olhos procurando o blefe e ouvi-la resmungando palavroes em italiano. No fim das contas eu fui até a ultima mesa. Fui o oitavo, nao ganhei nada. A mao que sai do jogo foi interessante (quem nao gosta de poker pule essa parte até o astersico (*)). A minha mao era um J e um 10 de copas. A mesa toda havia saido apenas pelo alto big blind. Eu era o small. Sobramos so eu e o big. Quando chegou a minha vez de cobrir eu cobri o blind e dobrei o mesmo, o cara aceitou. No flop abrem dois 10 e uma outra carta sem importancia. Eu olhei assim, exitei e dei mesa. Na vez dele ele olhou pra mim e disse "all in", fiz um charminho e aceitei obviamente. Ele se surpreendeu e abrimos nos dois o jogo. Ele havia um par de 5 na mao, enquanto eu ate o momento havia uma trinca de 10. Ele se supreendeu com o meu jogo e ja tava me passando as fichas quando na ultima carta abre-se um cinco e alguem na mesa disse "Full" e eu "Fulldeu!". Ele havia feito um Full House com a trinca de 5 e os dois 10 na mesa, que batia a minha trinca de 10. Quando contei as minha fichas, as dele me superavam por menos de um small bind tendo eu que dar-lhe tudo e sair do jogo. :\(*)
Começamos as 7 da noite e terminamos 2 da manha a jogatina. Até que ganhei respeito entre aquelas pessoas no final de tudo. Pela minha idade, por ja estar fazendo universidade, pelo curso que eu faço na universidade e pela forma que eu jogava poker. Achei engraçado tudo aquilo. Como as pessoas passam a respeitar os outros apenas pelas aparencias e pelo o que fazem mas nao pelo que sao.
Aqui na Italia se começa a Universidade com 19/20 anos. Isso porque eles tem 2 anos a mais de estudo que nos. Uma maneira que eu acho que deveria ser tambem no Brasil. E a reaçao que as pessoas tem quando digo que faço engenharia é mais ou menos a mesma que no Brasil "Dificil hein!" ou alguns apenas dizem "Ahh" olham pra algum amigo com a cara de Ohh! levantando a sombrancelha e depois abaixam a cabeça. Outra coisa que nao gosto tambem. A pequena diferenca da reacao daqui para a o Brasil é que aqui eles pagam mais pau para engenharia do que para Direito e o mesmo tanto que Medicina. Nao que isso importe.

No outro dia eu e Sandro saimos para andar de bicicleta pela cidade. Foi magico. O dia estava mais claro e o ceu mais limpo do que todos os outros dias. O passeio de bicicleta por entre as montanhas e vilarejos e rios e pontes e tudo foi maravilhoso. O vento frio em nosso rosto contrabalançando com o sol esquentando as nossas vestes. Voltamos à casa de Fernanda (mae de Sandro) para cumprimenta-la, ela me deu 50€ sem motivo nenhum e falou que ela pra comprar uma pizza. Com esse dinheiro compro 10 pizzas. Nao quis aceitar mas ela fez uma cara tao gentil que nao teve como recusar. Voltamos para a casa, peguei minhas coisas e fui embora. No trem de volta estava tudo lotado tendo eu que viajar em pé até Verona. De Verona a Bologna uma mulher sentou ao meu lado com um cachorro no colo. Aqui cachorros sao como homens so que nao pagam. Puxamos um assunto casual e ela me falou que estava aprendendo espanhol (quando falei que falava portugues) fui ajuda-la um pouco com aqueles exercicios de espanhol e acabou sendo m desastre porque quando tentava falar em espanhol acabavam sainda mais palavras em italiano do que espanhol! Foi muito engraçado. O cachorrinho preto dela parecia ter pavor de trem, ficou a viagem toda ofegando como se estivesse cruzando e tremendo como se estivesse morrendo de frio. Do outro lado do trem havia uma mulher adulta jà, muito bonita e seu filho. Nao sabia se era italiana ou alema pois conversava com o filho nas duas linguas apesar dela aparentar mais alema com seu cabelo loiro amarelado, daquela cor bege dos nossos lapis de cor Faber Castell 36 cores.

7/05/10
Ontem antes de dormir fui escutar um pouco de radio e logo a primeira musica me surpreendeu. "Roundabout" de Yes, uma versao ao vivo e sem cortes, muito bom, fiquei delirando os quase 10 minutos de musica. Depois toca um rock que me pareceu Rolling Stones e a proxima era "Money" Pink Floyd, tambem uma versao ao vivo e sem cortes, penso que do show A Delicate Sound of Thunder, tambem com quase 10 minutos, em seguida uma musica que inicia com o piano a qual nao conhecia, mas depois de surgir a voz nao me restou duvidas, David Bowie, era tambem ao vivo, em seguida uma do Dire Straits que me esqueci o nome e logo quando terminou esta desliguei logo porque ja havia passado uma hora da hora que tinha deitado e se nao desligasse ficaria mais algumas esperando curioso "a proxima musica".

quarta-feira, 31 de março de 2010

Verona

30/03/2010
Meia noite.
Bom, acabo de terminar a leitura de "Os Sofrimentos do Jovem Werther" e nao ha como negar de que ele mecheu comigo. Uma leitura maravilhosa exprimindo uma torrente sentimental de um jovem apaixonado intensamente e devastadoramente... So penso no livro agora, mas devo escrever como fora o meu dia... Fui a Verona. Assim que acordei me arrumei todo e casquei fora. Peguei o trem. Pedi o mapa da cidade no centro de informacoes turisticas e me mandei. Desta vez sozinho, pela primeira vez sozinho na Italia. Me joguei na cidade. O primeiro ponto turistico foi a Arena. Um mini-coliseu muito bonito onde pagava-se um ingresso para entrar. Ha fotos. Uma coisa que me irrita um pouco nessas cidades turisticas é que sempre tem uma avenida ou um calçadao onde parecem shoppings a ceu aberto e te "obrigam" a passar apertado em frente das lojas de grife famosas e outras multinacionais... Tira um pouco da essencia e da historia da cidade. Depois de passar por um calçadao desses chego numa pequena praça onde se espalham pequenas tentas para vender bugigangas turisticas, tinha tambem na praça uma fonte, algumas esculturas (uma dela a de Dante Alighieri), uma torre de 83 metros a qual eu subi de escada (pagando tambem) para desfrutar de uma bela vista panoramica da cidade (e que bela) e a casa de Julieta (Giulieta em italiano). Demorei para citar isso mas Verona é sim o cenario da tragédia romantica de Sheakespere Romeu e Julieta. Vendo a cidade fica um pouco mais claro o motivo de tanta inspiraçao de Sheakespere. A cidade ganha com isso. Ha uma suposta casa de Julieta assim como a sacada de onde ela ouvia as declaracoes de amor de Romeu. Apenas 6€ a entrada. Me pergunte se eu entrei... Nao! De fora ja dava pra ver a modesta sacada e tambem uma escultura de bronze de Julieta onde todo mundo pegava em seu seio direito para tirar uma foto. Andando um pouco mais vejo uma loja da FNAC e entro, claro. Demorei mais ali do que em qualquer ponto turistico. Numa loja dessas se concentram as minhas coisas preferidas : CD's de musica, livros, computadores, livros, video-games, livros e tecnologia. Nao custa nada dar uma olhada. Lojas assim eu facilmente passo uma hora olhando e saio de maos vazias, e como é em outro pais fiquei mais tempo para dar uma olhada em que as pessoas deste lado do mundo estao lendo, escutando, jogando, comprando... Foi bom. Tinha ate uma estante so de musica brasileira. Estava recheada de musicas boas, porém esperadas de se encontrar por aqui: Chico Buarque, Caetano Veloso, Os Mutantes, Elis Regina, Baden Powell, Toquinho, Bebel Gilberto, Vanessa da Mata... Saio de la e uma dor de cabeça terrivel me ataca. Passeio, passeio, tiro fotos, vou para um canto afastado bem ao alto e sem ninguém, me sento na grama e medito. Uma sensaçao parecida com aquela do parque toma conta de mim, estava feliz. Haviam duas meninas alemas la em cima também, poupa-los-ei dos detalhes. Passeio, ando, desço, visito igrejas, atravesso pontes, arranho meu italiano, dou chau à crianças (as crianças me amam, nao é possivel! Eu também as amo!) Como algo pois ja eram 3 da tarde. Uma pizza e coca-cola (uma pena nao ter guarana aqui). Como tem alemaes aqui! Vi mais tedescos do que italianos na cidade. Ando mais, conheço mais lugares, tomo um sorvete e tomo também o rumo de volta para a estaçao de trem. Ah, conheci umas brasileiras de Sao Paulo, simpaticas até... e um casal de italianos aproveitando o belo e romantico passeio pela cidade "mais romantica" do mundo. Muitos alemaes! Ufa, ja disse? Antes de chegar na estaçao passo num parque onde se veem as muralhas da antiga cidade. Tranquilo e bonito. O trem atrasa, a cidade esfria... Ja no trem e sentado na minha cadeira volto a ler Werther e uma forte discussao sobre o amor me vem à cabeça, em meio à cidade de Romeu e Julieta com todo seu peso historico de um amor, talvez, comercial e a leitura ja dita com o seu amor forte e exagerado... Volto a me perguntar se o amor existe, nos dois romances os protagonistas "morrem de amor e morrem por amor", o mesmo sentimento que a mim nunca se fez presente. Como Werther eu também sou apaixonado pela natureza e nada me faz melhor do que certas ocasioes as quais posso disfrutar do poder (intranscendente) que a natureza por si so nos oferece. Agora, diferentemente a Romeu e Werther que se matam por amor, as vezes me acho um ser apatico e incapaz de demonstrar e viver um amor verdadeiro. Devo eu quebrar essa barreira e me tornar um ser mais apaixonado? Ou sera que estou guardando e acumulando todo esse amor para apenas uma mulher que ainda ha por vir? Ou sera que essa mulher ja envelhece defronte a mim e eu cego nao consigo ve-la? Nao sou cetico o suficiente para nao acreditar no amor pois eu acredito. Se acredito em ET's porque nao acreditar em amor? Ou vice versa... :D
Boa Noite.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Giardini Margherita

Me ponho a escrever aqui no parque de Bologna "Giardini Margherita" pois estou num estado peculiar de felicidade. Resolvi vir pra ca e passar o tempo apenas, e é isso que faço agora, porém alguns fatos me chamaram atençao e resolvo relata-los. Logo quando chego fico observando uma loira bela que usa oculos escuros e tenho quase certeza de que ela retribuiu os olhares. Nao sei ainda se ela tem 18 ou 28 anos. Até ai tudo bem. Mirei um banco na sombra onde pretendia me sentar, quando ando até ele e a mulher antes citada sentava num banco logo a frente, virado para o meu. Nesse momento começa a tocar na radio que estava escutando, uma musica chamada "Ironic" de Alanis Morissette, um momento eternizado na minha mente por essa musica, pois a amei e com certeza a proxima vez que escuta-la me lembrarei das arvores, da brisa fresca no meu rosto, dos patinhos no lago, da criança em minha frente me dando chau, da garota linda e loira sentada a minha frente...Ela ficou ainda mais charmosa depois que tirou da bolsa um livro que passou a ler numa posiçao elegantissima. "Se eu fosse um artista eu começaria a pintar essa mulher..." pensei. Peguei meu caderninho e passei a desenhar. Nao ela, mas sim uma espécie de grafo para deixar mais organizado os caminhos, valores e traçados da minha viagem. Enquanto isso aproxima-se dela (da loira) um homem com traços de indiano andando e mostrando todo seu charme, com certeza chegou para mostrar todo seu galanteio, seu sorriso e sua agradavel conversa. Acho que ela pensou um pouco diferente dele porque nao deu nenhum moral. Continuou a ler seu livro e nao abriu a boca. Ele sentou no banco ao lado dela quando parei de observar. Dois minutos depois e uma tentativa frustrada o homem vai embora. Nao muito tempo depois uma figura careca e peculiar passa em nossa fronte de bicicleta. Para diante da moça e diz algo. Avança, deixa a bicicleta apoiada num poste, senta ao lado dela e... começa a pintà-la! Foi magnìfico! E eu escutando o radio quando no exato momento passa a tocar "Wish you were Here" de Pink Floyd. Foi um momento unico. Uma musica normalmente carregada de sentimento para mim, mas, nesse momento, eu nao pensei em ninguéem e nem "quis que alguem estivesse aqui", estou feliz e agradavel comigo mesmo. Fiquei pensando apenas na musicalidade e na beleza da musica em fusao com a cena do artista sentado ao sol do lado da sua modelo, concentrado e pintando. Logo depois começa a tocar "My Generation" do The Who, o que me fez virar a pagina e começar a escrever sobre este momento. Quando começo a escrever, "Alive" do Pearl Jam sona nos meus ouvidos. Um pouco depois "Frankenstein" que eu nao sei a banda. Musicas boas que me deixaram mais feliz. Havia falado para a minha mae que levaria apenas um aparelho de radio para me mergulhar na cultura e na lingua do pais ao inves de ficar preso às musicas que traria do Brasil que gosto e estou acostumado a escutar, mas, chego aqui e escuto nada mais que as "minhas" musicas numa radio que sintonizei! Brincando, as vezes tocam musicas italianas... Nessa radio ja escutei "Heroes" de David Bowie, "Time" de Pink Floyd e muitas outras... :D

Um pouco depois...

Fechei o meu caderno e passei a ler Goethe. O artista ainda estava la pintando a sua obra. Uma vez pediu para ela mudar a posiçao do cabelo, outra para tirar os oculos escuros (ate que enfim né...)... Passa um tempo e ela se levanta, diz alguma coisa ao cara, e começa a andar pra ir embora. Interrompo a minha leitura e olho sobre o livro. Ela olha para a minha direçao e trocamos aqueles olhares até o pescoço dela nao aguentar mais. Porque ela fez isso? Eu que ja tinha me dado razoes suficientes para nao ir la conversar com ela... Com aquela ultima troca de olhares ela me fez arrepender. Fiquei super curioso para ver a pintura do cara mas quando fui ter uma com o artista ele me olhou de uma maneira que esfriaram até os meus ossos e fiquei intacto no meu banco. Continuo a ler. Uma leitura intensa e uma dicussao sobre o amor e o sentimentalismo exacerbado... Levando e vou dar uma volta. Estava feliz. Meu estado de espirito estava bem alto, nao no maximo porém. Andando sem rumo dentro do parque escutei "Kashmir" de Led Zeppelin, "Heaven for Everyone" Queen, "Californication" Red Hot Chili Peppers, "Phsyco Killer" Talking Heads, uma dos Beatles que nao me lembro o nome e ele fala Hare Krishna... Enfim, sentei na grama e vi aqueles tantos italianos jogando bola, brincando de jogar disco, de malabares, basquete, tocando violao, etc ... Eu deitei na grama, so vi o ceu e os avioes. Dormi ali mesmo...

Domingo a tarde

Bologna, 28/03/10

Hoje começou o horario de verao aqui na Europa e parece que o proprio tambem, apesar de termos recem iniciado a primavera apenas. Hoje é também o domingo de eleiçao para governador do estado. Um dia linda de sol e um pouco mais quente e agradavel do que os dias anteriores. Senti a cidade mais feliz hoje. Mais pessoas andando na rua, as janelas das casas abertas, diferentemente dos outros dias quando o frio nao permtia. Essa semana que passei sem quase escrever foi boa. Fui a Firenze na sexta-feira. Passei pouco tempo la, quatro horas exatas. O suficiente para me deliciar e ter orgasmos visuais com a Igrja principal na praça D'uomo, bela, maravilhosa, com certeza a igreja mais bonita que ja vi na vida, por enquanto... Fui com Rila para la, e, para variar, ela comprou as suas cervejas, 3 de 660 ml. Ela é praticamente um pouco alta o tempo todo... Tiramos fotos, aproveitamos, visitamos a "Ponte Vecchio", uma charmosa ponte que tem casinhas e passa por cima do Rio Arno. Nao entramos em nenhum museu porque todos eram pagos e nao tinhamos dinheiro e nem tempo para eles. Em outra oportunidade os visitarei porque estao ali obras de Da Vinci, Donadello, Michelangelo, Brunelleschi e todo o resto da elite intelectual e artistica da Italia, quiça da Europa.
A semana esta começando e eu pretendo visitar Verona (a cidade onde se passa o romance romantico Romeu e Julieta), Trento e Milao ate sexta-feira, passar a pascoa aqui em Bologna com a familia e ja na segunda me mandar para o sul da Italia e depois rumando a outros paises... Agora vou ali prum bar assistir Milan x Lazio.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Venezia

Venezia 23/03/10

Entao, segunda feira eu sai de casa pois ja estava melhor da febre e da gripe (isso em Bologna ainda). Fui com o Nicolò e Rila (namorada de Nicolò, nao sei se ja mencionei dela aqui antes) para a zona da universidade. A princìpio era pra Nicolò ir pra aula dele e eu e Rila andarmos um pouco por ali e usar um pouco de internet. Mas Nic encontrou com alguns amigos no jardim, uma espécie de mini-parque, perto da universidade, onde os jovens vao para ficar a toa, conversar, fumar maconha e, porque nao, estudar. Ficamos la batendo papo e matando o tempo. Depois fomos para a internet e Nic à aula, pelo menos foi isso que disse. Mandei uns emails necessarios para a minha mae e Rila ligou para a dela. Ela é brasileira. Baiana porém mora em Goiania. Os dois comecaram a namorar quando Nicolò foi pra Goiania no ano passado e ficou na nossa casa, e agora ela veio para a Europa para ver se encontra algum trabalho na Inglaterra. Nic chegou por la e saimos. Ela quis comprar uma cerveja. Entrou numa loja e comprou uma enquanto eu era impressionado pelo preço do whisky. Um Red Label por 11€ ---->27 reais, tudo bem que eram 750ml, mesmo assim, tranformando em um litro ficaria 33 reais. Ai no Brasil paga-se 69 reais. Mais do dobro. Enfim, ela comprou a cerveja dela (ato que se repeteria algumas vezes) e fomos procurar alguma coisa pra fazer. Nic nos levou para um ambiente muito bacana onde era tipo uma escola/bar/café/espaço para jogos... onde se ofereciam cursos dessas coisas diferentes. Tipo curso para barman, malabarismo, magicas, etc. E la em cima tinha o café, sempre seguindo a cor vermelha carecteristica do ambiente. Là passamos a nossa tarde. Jogamos dominò, conversamos, jogamos chadrez, tomamos café, chà e capuccino e rimos muito. Gostei muito daquele espaço. Tinhamos que voltar pra casa porque iriamos sair para comer pizza naquele dia mas, antes, paramos para Rila tomar a cerveja dela. Conversamos um pouco mais e voltamos de vez. Depois de um pouco fomos para a pizzaria como todos. Foi lindo. Tudo muito bom, a conversa, a pizza, a sobremesa, a caminhada sob o luar na cidade... A pizza aqui da Itàlia é muito boa sim, diferente do que alguns brasileiros que vem pra cà falam. Ela é mais simples, sim. Mas eu sou meio "minimalista", pra mim o bom é sentir o gosto da massa de pizza assada banhada ao azeite de oliva, do molho de tomate bem feito e, quase como um tempero, o queijo. Aqui cada um come uma pizza inteira, nao como no Brasil que colocam a pizza no meio da mesa e cada um pega um pedaço. Pessoalmente prefiro do jeito italiano :D. Voltamos pra casa e nao me lembro se saimos depois ou se domimos. Nao importa. Importa é que no dia seguinte acordamos, tomamos café e fomos para a rodoviaria pegar um trem com destino a Veneza (aqui chamada Venezia).

Ja era tarde quando chegamos na estaçao. Chegamos 2 minutos atrasado e nao conseguimos pegar o trem das 2, tendo que esperar uma hora para o proximo. Enquanto isso? Parados nao podemos ficar. Fomos andar pelas bandas. Tinha um parque suspenso muito belo pelas redondezas e o conhecemos, depois do outro lado havia uma feira de comida. Salames, queijos, doces, salgados, paes... Nos passamos em frente de todas as barracas e comemos todas as "amostras para degustaçao" que eles ofereciam, cheguei a experimentar até salame de carne de burro. Isso mesmo. Mas nao gostei muito, era forte. Como eu suspeitava nao gosto de burro. Compramos alguns biscoitinhos para comer no trem e vimos as horas, estavamos a 10 minutos do horario de saida do trem e um bocado longe da estaçao. Corre! Todo mundo correndo. Subindo, descendo as escadas do parque suspenso, esperando para atravessar a rua... So sei que quando entramos no trem o mesmo saiu. A viagem foi tranquila. A pessoa que passa olhando os bilhetes passou e perto de nos havia uns 4 africanos, nenhum deles tinha passagem e muito menos sabia falar italiano. Foi uma cena muito engraçada... Comemos os biscoitinhos e alguns deles tinham pimenta. Começamos a sentir sede. A partir de um momento da viagem sò pensavamos em achar um lugar para beber agua. No trem nao tinha (trem de pobre é assim). Nic teve que sair do trem quando ele parou em outra cidade para comprar agua e quase ficou la. Com sorte recebemos nossa agua. Ele havia comprado com gas "Foi o primeiro botao que eu vi eu apertei" falou ele desculpando-se. Nos fartamos de àgua com gas. E a paisagem era outra coisa com que se poderia deliciar ali na viagem, alguns morros com castelos no topo, ou apenas fazendas charmosas ou simplesmente campos verdes sob o sol jà eram lindos. Chegando em Veneza nao se ve nada de mais. Pra falar a verdade, a minha chegada na cidade nao foi boa. Estava com vontade de fazer xixi e la na estaçao tinha banheiro, mas o detalhe é que o banheiro era pago. 0,80€, dois reais. Foi o mijo mais caro que jà fiz. Quis aproveitar o maximo desse dinheiro que deixei la, tentei fazer coco, mas quando nao ha vontade nao da mesmo... Depois de pagar o direito de o meu xixi morar nas aguas de Veneza saimos da estaçao e ja demos de cara com a linda cidade onde as ruas sao rios e os carros sao barcos. Antes de começarmos a jornada, para variar, Rila comprou uma cerveja. Sim, agora estàvamos pronto para desvendar Veneza! Pra onde vamos? Seguimos o fluxo! Mas tinham diversos fluxos, e agora? Na volta do banheiro havia encontrado um papel dobrado no chao da ferroviaria, abro e é um mapa. Dei sorte. Mais tarde vi o mesmo mapa sendo vendido numa barraca por 3 €. O meu estava um pouco sujo e usado, mas até melhor porque era mais facil de dobrar e guardar. E em Venezia nao se anda sem um mapa. As vielas sao um labirinto, literalmente. Mesmo com o mapa nos perdemos varias vezes. Eram jà 5 e meia quando chegamos e ja começava a escurecer, entao andamos, tiramos algumas fotos, vagamos pelas vielas de Venezia. Linda. Paramos em outro lugar para Rila compar outra cerveja. Nos perdemos uma vez e fomos parar num pier na beira do rio maior onde circulavam os barcos maiores. Ja era noite, sentamos nesse pier de madeira, à luz do luar vendo os barcos e as belas constuçoes ao redor, comemos os restos de biscoitos e pao que tinham na mochila e eles fumaram os cigarros deles... Foi um momento legal, demos chau para os barcos que passavam cheios de gente e nenhuma pessoa respondia o chau. Foi engraçado. Chegamos num dos pontos turisticos, a ponte de Rialto. Muito bonita, branca com algumas lojas sobre ela. Continuamos o itineràrio turistico e chegamos na praça de Sao Marco. Essa sim era muito bonita, assim, transcedental (nao sei se està certo). A basilica estava em reforma de sua fachada, mas se via beleza suficiente na parte que dava para ver. Cada canto olhado abriam-se infinitos detalhes mais o que enchia seus olhos e rendia alguns minutos so para observar.
Depois de vermos os pontos turisticos e parte da cidade, tudo a pé, ja eram quase nove da noite. A idéia agora era de procurar um lugar para beber e festar o resto da noite. Assim, nao era a minha ideia, mas era "a" idéia. Entao seguimos para uma àrea chamada Dorsoduro onde se dizia ter mais movimento a noite. Nao encontramos algo significativo. Paramos para comer paninis e pizzas porque tudo mais era muito caro. Comemos e ela comprou mais uma cerveja. Andamos mais e achamos um lugar onde vendiam Spritz por 1,50€, muito bararto segundo Nic. Era uma mistura de vinho branco, agua com gas e licor. Era bonzinho. Tomamos um cada e aproveitamos para sentar e decidir o que fariamos apos. Decidimos procurar um hotel. Ja eram 10:30 da noite. Era um pouco tarde para isso né. Fomos para o lugar mais proximo que haviamos anotado numa breve pesquisa (para encontar os mais baratos) que fizemos na noite anterior. Chegando la depois de um bocado de caminhada o hotel estava cheio. Ficariamos nos 3 num quarto (com mais pessoas) por 30€, um preço excelente em Venezia, pena que estava cheio, e nos estavamos fodidos. Ficamos perguntando desesperadamente por hoteis ali. Haviam varios, todos muito mais caros. Pegamos balsas (ilegalmente) sem pagar e onibus da mesma forma para ir a uma cidade que ficava fora da ilha, chamada Mestre, procurando por algo mais em conta. Economizamos, ao todo, 42€ em transporte. Mas tambem chegamos num lugar tao longe que tivemos que andar muito para voltar no ponto onde queriamos. De Mestre nos nao tinhamos o mapa, e ja eram 1 da manha. A ciadade morta e nos a pé e o frio... Rila parou pra comprar uma cerveja e comer um trem la. Foi uma aventura e tanto! Ficamos zanzando e procurando por hotel até duas e meia da manha quando encontramos uma pensionato e pedimos para a velha que havia acabado de acordar para ficar por la. Ficou ao todo 50 €, 17 pra cada. Dormimos como pedras.
No outro dia acordamos as onze. Dormiriamos mais se fosse possivel. Se passassemos das onze iriam cobrar outra diaria. E a dona ficava dando indiretas para sairmos o mais rapido possivel. Saimos e pegamos um onibus para retornar a Venezia historica. Ela a luz do dia é mais bonita do que a noite. Fato. Fizemos outro percurso. Sempre ouvindo e vendo pessoas de todo mundo andando ao seu lado, inclusive brasileiros. Foi tudo muito bom. Paramos para almoçar uma pizza e beber algo e comemos o caracteristico sorvete de Veneza, muito bom este ultimo. Fizemos o caminho de volta so pensando em chegar logo e descansar as pernas... Nos despedimos de Veneza pegamos o trem com destino a Bologna e fomos. Veneza, uma cidade linda mas, apesar de tudo, nao senti um ar bom nela. Subjetivamente falando. Nao fiquei surpreendido ou maravilhado ou apaixonado... Nao senti a "energia". Parece que a cidade é so a fachada turistica e nada mais. Nao pretendo voltar tao cedo.
No trem fomos num vagao cheio de meninas que ficavam gritando e bagunçando a viagem toda. Mesmo assim, nos tres pegamos no sono pois estavamos muito cansados. Nic disse ter sonhado que estava numa escola cheio de menininhas chatas gritando. Nao era uma escola e nem eram "menininas pequenas" mas o resto era realidade. Bologna novamente.

quarta-feira, 24 de março de 2010

...

Bologna 21/03/10
Uma da manha.
Jà é dia 21. O começo da primavera aqui no hemsferio norte. A ùltima vez q escrevi algo foi no dia 18, mas dessa vez é porque nao tenho estado bem nesses ultimos dias. Anteontem eu peguei um resfriado logo depois que cheguei do parque e ontem a noite o resfriado piorou para uma febre, impedindo me de sair ontem a noite para curtir o "sabado a noite" da cidade e hoje o dia todo. Estou melhor porem nao sarado da gripe. Amanha iria para Firenze mas adiei a viagem para terça para ver se até la ja estou melhor de vez. A Monica tem me tratado muito bem aqui e desde jà tenho muito a lhe agradecer. Nesse tempo em que estive de leito deu para dar (que coisa horrivel, "deu para dar") uma boa adiantada no livro de Goethe. Estou gostando muito. Eh o tipo de coisa que eu estava querendo e precisando ler.

Jovem Werther

"Mas, ah!, corremos, voamos, e quando lá chegamos, quando o longe se faz perto, nada se alterou, e nós encontramo-nos com nossas mesmas misérias, com os mesmos e estreitos limites, e de novo a nossa alma suspira pelo mesmo bálsamo que acaba de se esvair.
Assim o mais turbulento dos vagamundos suspira afinal por sua pròpria pàtria, e acha na sua cabana, no regaço de sua esposa e em meio a seus filhos, nos cuidados que tem pra ganhar seu pao, o deleite que em vao procurava pelo vasto mundo."

"Como me sinto feliz por ter um coração feito para sentir as alegrias simples e inocentes do homem que põe em sua mesa a cabeça de repolho que ele próprio cultivou! E nao apenas o repolho, mas também os bons dias as belas manhãs em que os plantou, as deliciosas tardes em que o regou, e de novo volta a gozar em um momento todas aquelas alegrias que experimentou ao ver o paulatino crescimento da planta.”


Alguns trechos do livro que estou lendo de Goehte. Achei que fosse interessante transcreve-los mas depois que continuei a ler percebi que vàrios trechos foram injustiçados por mim e também mereciam estar aqui. O livro é muito bom.

Outra coisa, a falta de acento ou a existencia de alguns incomuns é pelo fato de o teclado aqui ser diferente e nao fornecer alguns deles, entao irrelevem isso.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Uno settimana è andato via II

(Continuaçao das anotaçoes do dia 17)
...Os italianos assistem aos jogos em baresde uma maneira curiosa. Todos dentro do bar vidrados na TV assistindo ao jogo. Haviam algumas pessoas do lado de fora também, aproveitando-se da porta de vidro e do sistema de som o qual torna possìvel escutar a narraçao do jogo là de fora. E là estava eu , no frio, com as maos dentro dos bolsos da jaqueta para esquentar, assistindo um jogo do Inter x Chelsea numa cidade històrica/universitària/pequena/bela no interior da Italia (se é que a expressao "interior" é vàlida aqui). Ah, voltando... todos assistiam ao jogo num silencio total, atentos mesmo, muito engraçado. Quando o Inter marcou o gol foi uma festa là dentro, como jà se era de esperar, aquela festa de todos pulando e gritando, alguns reclamando (provavelmente torcedores do Milan), aquela festa que o mais macho dos homens sai gritando ao encontro do amigo e tasca lhe um beijo melado na orelha e o outro parecendo gostar o retribui com um abraço magnìfico.
O jogo acaba e eu volto para o mundo "cult" que estava inserido. Isso tudo apenas virando a esquina e andando uns douze passos. Eles jà haviam terminado o show e agora estavam la fora dando um tempo, conversando e fumando, pra variar. Ficamos um pouco, voltamos para a casa que dormiriamos aquela noite (casa de Hikaro, outro amigo de Nicolò que tocava na banda e morava em Urbino). Descansamos um pouco, eles fumaram mais um pouco, e saimos pra ver o que estava rolando na cidade. Fomos a um bar/pub bem subterraneo em uma das vielas. Parecia cena de filme, um buraco na parede numa viela pequena e escura, uma escada descendente e là em baixo rola mùsica eletronica, um bar para as bebidas, algumas mulheres, mais homens... Nao se pagava nada para entrar e dançar, sò o consumo mesmo. O grupo de jovens que estavam comigo (na verdade eu que estava com eles) morreu quando chegou na pista de dança. O esquema deles, pelo que percebi, é mais cult, ou nao seja essa a palavra certa... Eh tocar, conversar, sentar numa mesa, rir, fumar maconha, etc. E foi exatamente isso que fizemos. No mesmo lugar tinha outros ambientes, sinuca, tòtò e algumas mesas a céu aberto, no meio do prédio, se é que me entendem, e foi pra là que fomos. Là beberam um pouco e eles fizeram a marijuana deles. Logo começaram a rir de tudo e de nada. Andamos pela cidade conversando merda e rindo muito, foi muito bom. Chegamos no local de dormir e um problema. Havia apenas um quarto para dormir sete pessoas. Uma era mulher, namorada de Hikaro, Valentina ( bem bonita ela) que jà dormia na cama de casal. Fora esta cama de casal tinha mais um colchao. Sò. Fred dormiu no colchao (Fred porque nao me lembro ao certo o nome dele), Jam no saco de dormir que ele mesmo havia levado, Meda num pedaço de papelao em meio a cobertores (o pior na minha opiniao), Nicolò dentro da capa do contrabaixo e, os que sobraram, eu, Hikaro e Valentina, na cama de casal. Eh. Isso mesmo. Foi uma situaçao estranha porem muito engraçada. A cama era suficientemente grande pra todos. Eles dormiram num canto abraçados e eu no outro de boa. Ela num canto, eu no outro e Hikaro no meio. Quando acordei as posiçoes haviam mudado um pouco, mas nao importa.
A viagem de volta foi boa também. Vim observando o outro lado. Nao tao belo quanto o outro. Escutamos Jethro Tull, Steve Wonder e algumas musicas italianas. Foi legal. Chegamos em casa, Nicolò foi pra aula de sax e eu sai com os meus "pais" para ver uns mòveis para a cozinha e fazer algumas compras. O massa é que até aquilo que tem tudo para ser programa de ìndio, em outro paìs fica muito interessante! Eh aquilo que eu jà disse. Tudo novidade. Voce senta no carro e vai passando boquiaberto pelas coisas là fora. Quase saimos da cidade para visitar essas pessoas que vendem mòveis. Eh um casal muito simpàtico de velhos que moravam numa casa bem legal e cheia de livros. Um ambiente que me fez recordar de tempos que nem memòria eu tinha. Depois fomos fazer compras num supermercado. Cara, estava em outro mundo. Quanto ao supermercado, tudo bem, cara de supermercado e tudo mais, apenas com algumas aplicaçoes tecnologicas de automaçao que nao tem no Brasil. O que muda bastante sao os produtos. Um mundo novo e muita coisa pra explorar. Inclusive os preços. Ficaria ali a tarde toda descobrindo coisas novas e multiplicando aqueles valores por 2,5 para saber o preço em reais. O Playstation 3 custa 700 reais :D. Depois da compra voltamos, jantamos e adivinha... saimos. Fomos para um bar onde tinha uma "festa brasileira". Toda quarta naquele bar tem um show de musicas brasileiras e tal. Foi bacana ouvir bossa nova, MPB e samba cantados por uma italiana. Cantava bem e o tocador de violao tocava muito bem, todas as notas certas e um gingado de samba, era brasileiro certeza. Conversei com3 ou 4 pessoas do Brasil que estavam là e uma italiana muito simpàtica e aberta a qual Nicolò havia pedido um cigarro. Bem calorosa ela. Quando soube que eu era do Brasil quase pulou em cima de mim e quando soube que eu fazia Engenharia Mecatronica na UnB quase me beijou na boca... (claro que nao né? deeeer). Na volta depois do show, passamos pela Via Zamboni, a via da Universidade de Bologna. Toda cheia de jovens, e aquele ambiente universitario sem igual. Mas aqui é um pouco diferente. Um pouco mais pesado. Mas enfim... Legal é que em plena quarta-feira a universidade é invadida peloas alunos que festejam là dentro mesmo, nas salas de aula. Sò estando là pra ver algo semelhante. E agora estou de volta ao meu claustro, com sono e cansado. Boa noite.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Uno settimana è andato via I

Bologna, 17/03/10
Duas da manha
Jà è dia dezessete. Fiquei dois dias sem escrever. Nao porque nao tenha acontecido nada nesses dias, è porque aconteceram tantas coisas que nao me sobrou tempo para relatà-las. Para falar a verdade, segunda nao me lembro bem o que fiz. Parece que foi a tanto tempo atras... Ah, me lembrei. De manha eu e Fransesco fomos para "La Questura" a polìcia daqui, para verificar a minha situaçao no que se diz respeito ao visto, hospitalidade, etc. Nao posso deixar de dizer o quanto o Francesco e o Nicolò andam ràpido. Sao pequenos e tal, mas quando andam, eu sempre fico pra traz... Enfim, chegamos na "Questura" (ele na frente no caso) mas eles nos mandaram para outro endereço, o qual iriamos sò no dia seguinte. F. foi cuidar de seus afazeres e me deixou no centro da cidade. Amo isso. Eu sozinho e a cidade. Dessa vez fui vsitar "Le Due Torri", um dos cartoes postais mais famosos de Bologna. Uma das torres, a maior delas, dà para subir. Se paga 3€ para entrar e todos os seus pecados para subir. A torre è dos tempos medievais e nao tem elevador, sò uma escada de madeira atè o topo. E uma aventura ùnica! Chegando ao topo depois de 10 - 15 minutos de subida (sem brincadeira ou exagero) a recompensa! Estamos no ponto mais alto de toda cidade. E uma vista sem igual, maravilhoso. A cidade se estende aos vossos pès. Os prèdios de tamanho mèdio, e sempre em destaque as igrejas, maiores e mais bonitas, algumas chegando ao dobro do tamanho dos prèdios. As vielas e ruas para se contorcendo e tecendo os prèdios para terminar a visao. Ah, e ao fundo se ve tambem uma cadeia de pequenas montanhas, ainda nevadas. Sò estando là para saber. Porque o "esperto ao contrario" aqui esqueceu a camera fotografica para postar as fotos da vista. Tinha duas turistas là em cima, pareciam ser do leste europeu, eu devia ter pedido a elas para tirar uma foto minha e depois me mandar por e-mail e tal, um pretexto para conhece-las melhor... Mas o "esperto..." aqui ficou pensando "vou, nao vou..." e elas foram e eu fiquei, chupando dedo e sem foto. Desci e me dei de cara com uma livraria. Entrei e fiquei por là uns 58 minutos ou mais. Tava quentinho, agradàvel, tinham livros e revistas para folhear... Voltei, nao havia ninguem em casa, sò uma panela com pasta ao molho pesto. Comi. Saì. Fiquei andando na rua a toa atè 7 da noite. Voltei. Jantei as nove com toda familia. Spaghetti al Pomodoro. Nicolò saiu para nadar e eu assisti "O Transportador 3" em italiano na TV, bem legal a dublagem :D. Dormi cedo pois deria que acordar cedo no dia seguinte...
Jà no dia seguinte, na terça feira, saimos cedo para ver o negòcio do visto. Chegando là as 7 e pouco da manha a fila estava imensa. Là era onde se resolvia os problemas de imigraçao. Um bocado de estrangeiros provavelmente para solicitar renovaçao do visto de trabalho. Rostos àrabes, chineses, sul-americanos... Depois de muita bagunça e desorganizaçao (nao è sò no Brasil que tem isso) descobrimos que para o nosso caso deveriamos voltar à uma da tarde. Fomos pra casa, dormi atè a hora de sair de novo. Fomos là novamente, o lugar ainda cheio, e descobrimos que nao tem jeito, sò posso ficar aqui por 3 meses. Estamos arquitetando o que podemos fazer para mudar esta situaçao... Voltei, comi, me arrumei e fomos viajar. Eu, Nicolò, Jam e Med (em relaçao a este ultimo eu nao sei exatamente o nome dele). Os componentes da banda a qual jà citei. A cidade que iriamos era Urbino. Fica a 160 quilometros de Bologna. Pegamos a autoestrada. Linda a viagem. Eu ficar dizendo "linda, lindo, maravilhoso, etc, etc" è meio chato e pode parecer um bocado redundante e exagerado mas nao è. Cada palavra è justa ao que vejo. A paisagem é muito bela. Pequenas fazendas na frente e ao fundo uma cadeia de pequenas montanhas, as mesmas desde Bolonha até o destino. Fomos escutando rock, funk e um outro genero oqual nao consegui rotular. Foi legal a viagem. Chegando em Urbino que è uma cidade (adivinhem) linda. Medieval com os prèdios colados, subidas e descidas, castelos, muros, vielas charmosas, restaurantes e pub's, um dos quais a banda de Nicolò iria se apresentar. O bar era minùsculo. Parcia um buraco. Mas là dentro era um ambiente bacana e universitario. A banda de Jazz-cigano começou a tocar sua bonita e animada musica e um grupo cada vez maior de pessoas foi se aglomerando no canto deles. Fiquei um pouco e depois fui da uma andada para conhecer a cidade, jà conhecia as musicas deles. Andei bastante, fiquei fascinado com as ruas, e encontrei uma pizzaria onde estava passando o jogo do Inter e Chelsea pela liga dos campeoes. Tive que ficar para assistir... (continua)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Primi giorni

Goiania, 11/03/10

Daqui pra frente sou apenas eu. Acabo de passar pelo detector de metais do aeroporto (magnifico aeroporto de Goiania) Santa Genoveva. Depois de o segurança perguntar se estava levando uma gaita na bagagem de mao eu me virei e perdi o contato visual com minha mae e meu irmao. Mesmo sabendo que eles continuam a poucos metros, do outro lado da parede, uma sensaçao ùnica de liberdede (espero que nao seja de falsa liberdade) tomou conta de mim. Estou so na sala de embarque esperando o meu voo. Nao hà momento melhor para começar a escrever. Ah, vale ressaltar que hoje està um dia lindo.

Paris, 12/03/10
9:36
Bem, aqui estou em Paris. Muitas coisas diferentes de Goiania ou Sao Paulo, mas tem algumas que nao mudam... Estou, por exemplo, em frente a um McDonalds, do mesmo jeitinho do resto do mundo. A minha direita um homeme de mèdia idade e cabelos grisalhos fala ao celular. Italiano com toda certeza. Do meu lado esquerdo està sentada uma mulher, meia idade tambèm, cabelos muito loirose oculos escuros lendo furiosamente uma revista de moda. Se fosse para eu chutar, chutaria algum pais da escandinavia.
A viagem de Goiania a Sao Paulo foi boa, mas agora aparece distante na minha memoria. Em Sao Paulo foi bacana, esperei o horario do voo, comi 1/4 de pizza no Pizza Hut, estava muito boa. Guarulhos jà era um espaço por mim familiarizado, entao nao havia ali muita coisa mais para ver. A unica coisa que tenho a dizer è que aquela sensaçao de liberdade outrora reduzida por alguns poucos metros, agora era muito maior. Comprei um livro. O nome dele: "Os Sofrimentos do Jovem Werther". Ainda nao cemeçei a ler. Fiquei gripado na viagem Goiania Guarulhos e nao conseguia manter a cabeça abaixada para ler sem derramar alguns ml de catarro. A mulher do meu lado esquerdo faz alguns movimentos estranhos, para pegar algo na mala mostra a bunda... (...)
A primeira vez que me senti no mundo, ou seja, fora do Brasil, foi quando pisei dentro da aeronave da Air France quando a comissària de bordo me recebeu : "Bon Jour" e mais umas douze palavras incompreensiveis. Tudo bem, no aeroporto jà haviam pessoas falando em outras varias linguas, mas mesmo assim o portugues era a grande maioria, claro. Quando entrei no aviao, durante todo o voo foi raro escutar alguem falando portugues. Uma mulher chilena sentou ao meu lado e eu treinei um pouco o meu espanhol, que por sinal nao esta ruim. Com os comissarios eu falava uma mistura de portugues, frances e ingles. A viagem foi muito boa. Nao me arrependo de ter ido na janela. O serviço de bordo era bom e o entreterimento eletronico na minha frente era melhor ainda. Vi dois episodios de Os Simpsons, escutei CD's de Neil Young, The Doors, Bob Dylan, The Beatles e Pink Floyd entre outras coisas.
Quando sobrevoando a França, uma grande nuvem estava estacionada por todo pais. Nao deu para ver nada là de cima. Depois do pouso surge imenso em nossa frente o aeroporto de Paris, Charlles de Gaulle, o qual estou sentado no momento. O clima èe frio, -1°C. Acho que agora vou ali fora me arriscar a andar na rua. :D

Bologna, 12 de Março 2010
23:20
Sai do frio de Paris e cheguei na nevada Bologna. Pela janela do aviao so se via branco, e desta vez nao era as nuvens. Uma paisagem muito bela. Se via tambem os alpes là de cima. A viagem em si fora muito simples. Eu, muito cansado, havia cochilado umas cinco vezes no aviao revezando com os serviòos de bordo. Nao podia perder nenhuma comida! Eles serviram dessa vez pao com salame, estava mais ou menos.
Fransesco foi me buscar no aeroporto. Foi simples. Entramos no carro (eu pisando na neve) e ele dirigiu furiosamente o pequeno carro num labirinto de lindas pequenas ruas. O transito aqui é bem diferente ao do Brasil. Bologna nao tem avenidas longas, e sim um labirinto de ruas. A cidade é muito bonita. Espero conhece-la bem nessa semana. Os anfitrioes me receberam muito bem. Isso conta tambem o Nicolò e a mae dele, Monica. A casa (apartamento) deles é antiga, muito interessante, me sinto na Europa neste apartamento. Quando cheguei, là pelas 3 horas da tarde, tomei um chà que me ofereceram e fui dormir pois estava morto. Acordei, arrumei as coisas no quarto, fui ao banheiro e agora estou pronto para dormir novamente. Vou acordar cedo amanha, certeza!

Bologna, 13/3/10
Meia noite.
é, acordei tarde. 10 e meia. Tomei o café-da-manha, sucrilhos como de prache e alguns biscoitinhos. Depois resolvi sair para andar um pouco e conhecer a cidade. Fui na fé mesmo, sem mapa e sem nada, torcendo para topar de frente com algum ponto turistico (ou nao). Andei. Estava um dia lindo. Foi otimo. Tudo novo, os lugares, o frio, as calçadas, os carros, as ruas, as faixas de pedestre, as lojas, a lingua, os prédios, as frutas, os paes nas lojas, os onibus... Espero que dirante a viagem essas coisas peculiares (como por exemplo a casa que estou) nao se tornem comuns. Que eu nao me famialirize o bastante para passar a ignorà-las. Ja na prinmeira esquina um homem puxou papo comigo. Falou sobre outro cara na rua que estava sem roupa de frio, eu retruquei que nao falava italiano, o legal é que ele tentou se explicar, e foi òtimo, ele conseguiu. Eu impressionado com tudo, andava como um bobo, bem devagar e olhando sempre para cima. A coisa mais impressionante que achei foram os cafès e pequenos mercados/padarias/lanchonetes/confeitarias... Sao uma delicia para os olhos. Cada comida... Sanduiche, bolo, frutas, queijos, salames, copas... que dava vontade de pular la dentro. Nao e uma boa ideia passar por uma delas quando esta com fome pois nao sao la muito baratas. Vi poucas pessoas andando, menos ainda eram jovens. Meninas, as que vi eram bonitas. Homens, vi muitos, a grande maioria eram... "pinta" (como homens costumam a dizer quando veem outro homem bonito, mas se recusam a dizer bonito por ser muito "gay"). Voltei pra casa. Manggiamo o famoso "Taglliani a la Bolognesa"de almoço. Muito bom. A tarde, la pelas 3, eu e Nicolò fomos ao centro. Ele foi tocar na banda e ganhar seu dinheiro suado. Eu fui andar no centro, visitar pontos turisticos e nao-turisticos, olhar para pessoas, sentir o frio, ve-los tocar e gastar meu dinheiro nao suado. Nao gastei meu dinheiro mas fiz todo o resto. Ah, e tirei fotos. Poucas mas tirei. O sapato que estava usando começou a machucar e eu voltei pra casa. Quando Nicolò voltou, a gente saiu novamento, fomos jantar na casa de um amigo dele, o violeiro da banda. Mas quem fez a comida foi o clarinetista Francesco. Um jovem de 19 anos. Cozinhou muito bem. Com direito aos tres pratos da refeiçao italiana. Os momentos pre e pos janta foram regados a muito reaggue e [...]. Percebi que nao sei nada de italiano! Foi muito boa a janta tambem. Agora estou de volta e Nicolò foi a um show de Reaggue com a turmae e eu voltei. Nao estava afim de gastar 18 € no show e nao entrar no clima... Agora vou ler um pouco e dormir em monte. Buona Notte.

Bologan 14/03/10
23:40
Hoje nao foi um dia muito diferente de ontem. Continuei no ramo "conhecer a cidade". Para variar, foi muito bom. Nao gosto muito de turismo religioso mas aqui na Italia é impossivel nao visitar esses lugares. Aqui em Bologna os pontos turisticos mais interessantes sao igrejas. Uma mais bonita que a anterior. A cidade continua impecavel aos meus olhos. Um pouco suja porem. O que nao chega a atrapalhar no entanto. As italianas vao se tomando forma para mim, algumas muito bonitas, assim, bonitas mesmo, bem do jeito que gosto, olhos grandes e lindos sorrisos . Por outro lado, eu ainda nao estou me sentindo atraente... Meus labios estao secos/queimados, atingindo uma coloraçao vermelha que parece batom, o meu corte de cabelo me deixou 12 anos mais novo, e estou usando roupas nao minhas, que sei muito bem que nao tem nenhum estilo... Mas, tudo bem!

2010

Bem, voltarei a escrever aqui neste blog pelo motivo da viagem que estou fazendo, e que merece ser reportada de alguma maneira.