quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

2009

Mais um semestre se passou. Já estamos em dezembro do ano de 2009, por incrível que pareça. Porém antes de começar esse anos, de fato, no final de 2008 eu já pensava comigo "2009, que coisa horrível, to com um pressentimento que esse ano não vai ser muito bom!", sei lá, uma coisa minha mesmo. Feliz ano novo, aquela coisa toda e quando vi por mim o ano de 2009 já havia começado com tudo, e muito bem por sinal. Havia feito a segunda fase de um vestibular, um outro, estava num momento muito bom da minha vida, conheci pessoas muito especiais e a amizade com "os antigos" amigos (provavelmente vocês que estão lendo esse texto) só aumentava, gozava de uma acomodação muito boa e, para finalizar, chega a notícia de que havia passado no vestibular em um excelente curso numa das universidades mais requisitadas do país. "O que podia dar errado?" penso eu. A minha concepção de que 2009 seria um ano ruim foi por água a baixo no primeiro trimestre do mesmo.

E o tempo passou, a água correu, luas mudaram, estações passaram, o mundo esquentou, Barack Obama venceu, a crise atrapalhou, Alex programou, Alex calculou, trote levou, cabelo corou (primeiro de amarelo depois de vermelho), Alex reprovou, um avião pousou (no rio), um avião caiu (no mar), a Tina chorou, o Simon vazou, a Paula chegou, Michael Jackson morreu, trote realizou, a gripe acabou (do nada?), o fluminense ganhou (olha só!), o ENEM falhou, meu irmão grilou, o Brasil escureceu, Flamengo campeão e Cruzeiro na libertadores... e o ano não acabou! E eu aqui estou, sentado na cadeira que passei significadas horas de estudo, de conversas online, de jogos, de reflexões, de viagens musicais... Escutei muito Rush, Led Zeppelin, The Beatles, Pink Floyd, The Doors, Jethro Tull, Queen, Simon and Garfunkel e The Who. Muito mesmo! Desses aí eu escutei inimagináveis horas, e, é claro, de outras bandas também.

O fato é que, como disse antes, já estamos em dezembro. Me toquei agora a pouco vendo as luzes de natal pela cidade. Natal já está aí, assim como toda aquela aparente felicidade de final de ano, que no fim de tudo se transforma em felicidade mesmo, só por ser natal simplesmente. Olhando pra trás agora concluo que esse semestre foi mais corrido do que o anterior até mesmo pelo número de matérias que eu peguei e pelo montante de horas a mais que estudei relativamente (relativamente!!). Tive muito boas aulas de psicologia, de física, de ciências do ambiente, de filosofia e de economia, boas mesmo. Estes cursos, introdutórios que sejam, me ajudaram a ter uma visão mais ampla daquilo que nos rodeia, uma boa noção econômica, ter conhecimento das questões filosóficas relativas ao ser (e ao universo), conhecer mais como o nosso cérebro funciona, a psicologia do senso comum, o que passa na cabeça dos potenciais suicidas, pessoas de transtorno bipolar... Ou seja, muita informação útil e interessante. Além disso, nas aulas de psicologia, observei duas coisas importantes no que se diz respeito à minha situação as quais escrevi em meu caderninho de anotações (pelo menos o comprei com esse propósito, mas não vingou muito). Essas palavras são as palavras do professor ao explicar uma parte interessante da matéria : "O camarada que passa pelo fracasso... isso leva a um histórico ruim e difícil de reverter. Não é impossível, mas é um fator a mais de se levar em conta.". E um outro trecho : "Aquele que relaciona (culpa) o seu sucesso com motivos de sorte, tende a não fazer (não insistir) a continuação dos estudos. Por ter sido sorte (na concepção dele), ele se subestima e acha que não tem a capacidade ideal para estar ali e continuar com aquilo."
Vale lembrar que eu sempre busquei dizer que o motivo maior de eu ter passado no vestibular foi a sorte, até mesmo porque eu acho isso, até hoje. Vale também dizer que eu sofri duas reprovações (quase três) no primeiro semestre.
Apesar de tudo, isso não é uma tentativa de justificar uma possível disistência, e nem é uma tentativa de profetização do meu futuro, apenas achei interessante expor isso aqui. Mas ainda seria precipitado dizer que eu estou feliz e animado com o curso.
Eu estou animado mesmo é pra viajar! Quem não estaria né? Pode acontecer, finalmente, no primeiro semestre do ano que vem a minha tão esperada viagem pra Europa, seguindo os passos da minha mãe e do meu irmão. Eu ficaria lá, como base, na Itália, na casa de amigos de minha mãe e, de lá, veria o que seria possível, financeiramente falando, para estender a jornadas por mais alguns quilômetros e fronteiras. Porém nem tudo são flores.
Estou bastante indeciso sobre várias coisas. Surgiram algumas coisas no final desse ano que me deram essa dúvida. Alguns tratamentos médicos por exemplo. Eu precisaria de usar aparelho dentário (sim, um porre) e seria por um período de dois anos. Teria também o tratamento de pele (mas espero que este não seja mais necessário). Tem o curso também, que é um motivo de se pensar, perder o tal semestre (essa é uma preocupação maior do meu pai do que minha). Copa do mundo :D não deixa de ser um motivo de querer estar no Brasil. Pink Floyd, escutei boatos que Roger Water faria um tour mundial do disco The Wall, e passaria no Brasil, resta agora saber quando. E o mais importante: Minha família não está nas melhores situações financeiras e eu não seria capaz de forçar o pior. Mas as pessoas que são experts em "trocas de culturas", "viagens", "liberdades", "línguas diferentes" e "mundo"... (meu irmão e uma amiga também capricorniana) diriam que não se deve deixar uma viagem "pro ano que vem" porque desta maneira não se viaja mesmo. E eu concordo. Já deixei duas vezes pro ano que vem e, deixar três vezes "pro ano que vem" é a mesma coisa de deixar pra daqui TRÊS ANOS! E isso soa muito mal... Pois é. Itália, meu sonho de infância.
Maaaas, como eu diria lá em cima, o flamengo foi campeão mas o ano ainda não acabou. Então acabei de fazer uma prova e ainda restam mais 5 pra acabar o semestre. Tenho muito trabalho a fazer. Mas ainda quero formar uma banda e sair por aí tocando e cantando sucessos do tempo da minha mãe.