sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Alemanha 2

Sexta 30/04/10
Que dia! Acordo com a porta da sala batendo com o vento frio da manhã que entrava pela janela. Ainda tento continuar domrindo naquele confortável sofá mas o barulho é mais forte que o meu sono. A mãe da Tina já estava na cozinha arrumando a mesa para o café da manhã. Ofereço ajuda que logo foi dispensada com um "ah, já terminei, obrigado", "Vamos esperar mais uns 15 minutos para o meu marido chegar". Eu fui ver a TV que estava ligada na MTV. Vi pela 15ª vez na semana o clipe da Lady Gaga com a Beyonce, Telephone, outro com um negro e David Gueta que agora não me sai da cabeça e um último que me pareceu melhor que os dois primeiros "Acapella" de uma negra de cabelos curtos que me esqueci o nome. Gostei do clipe, bem psicodélico e a música, apesar de repetitiva é a melhor das três. Chega em casa esse homem que precisou abaixar para não bater a cabeça no topo da porta: O pai de Tina. Para quem ainda não sabe ou não se lembra, Tina foi a nossa "irmã de intercâmbio" por um ano em Goiânia começando em Agosto de 2008, Alemã. Por isso estou aqui na Alemanha hospedado com a família dela por alguns dias. O pai da Tina, Joachim, me pareceu bastante simpático apesar de toda altura e busto alemão. Tomamos um café da manhã bem reforçado com direito até a ovos mexidos... Logo depois ele saiu novamente para trabalhar, havia acabado de chegar na Alemanha vinda de avião da Romênia e já saia novamente para trabalhar. Eu terminei de comer, fui arrumar as minhas coisas, que não são muitas, para seguir viagem. O plano para o dia era ir a Köln visitar um pouco e de lá ir para ... onde Tina ia me buscar para me levar para a casa dela em Haag onde estou no momento. Fomos à estação de trem e lá a mãe da Tina teve uma excelente idéia de comprar um passe de trem válido para 8 dias a escolher durante um mês, porém para fazer esse passe deveriamos ir até Düsseldorf. Fomos para lá de carro. Na estação ela me disse que pagaria o passe para mim, um presente de "aniversário" e apesar das minhas réplicas inúteis tive que ceder quando ela gentilmente disse que nós já recebemos a filha dela por um ano em nossa casa, e isso não tem dinheiro que pague. Aceitei de bom grado o presente e já fui planejando os meus próximos 15 dias. Ainda na estação ela (Sabine) me fez pegar o trem errado. Não ia para Köln e sim para uma outra cidade. Apesar de não saber uma palavra em Alemão consegui perceber a tempo o erro, parar numa estação e, por sorte um trem para Köln passaria em 5 minutos. Em Köln você já se surpreende na estação, uma linda construção, sempre cheia de gente. Se impressiona mais ainda quando dá um passo a fora e já está sobre a imensa catedral gótica do "Dom". Ainda aqui a igreja Católica mostra todo seu poder e esplendor. Subi na torre da igreja onde se via uma bela vista da cidade. Conheci uma moça japonesa lá em cima. Falava pouco inglês mas nos comunicavamos bem. Os japoneses são as coisas mais fofas, sempre sorrindo e sempre extremamente educados, e quando vão se despedir são tão tímidos e "inocentes" juntando as mãos ao centro e se curvando pra você...
Depois da igreja fui andar por uma rua para pedestres (calçadão) cheia de lojas. Fiz isso porque não daria tempo para visitar museus ou outras coisas do gênero. Muitas lojas de jogos eletrônicos. É uma pena que ando meio por fora deste mundo faz mais ou menos um ano e não aproveitaria olhando os jogos, controles, videogames, acessórios, tudo o que você imaginar relacionado a jogos. Depois dessa volta, voltei para a estação e peguei um trem para ... onde a Tina iria me buscar. Todas essas passagens de trem já me utilizando do passe (escolhi dia 30/04 como um dos 8 dias que poderei escolher para viajar). Chegando na estação depois de 3 horas e uma troca de trem, não encontro com Tina que chega com 15 minutos de atraso. "Aprendi no Brasil" disse ela. Gostei muito de vê-la. E agora no seu habitat natural. Ela está dirigindo. Seu carro, um Clio 2004 é até bastante potente e percebi no primeiro momento que ela gostava de pisar fundo nas Autobahns. Ela dirigia furiosamente enquanto eu colocava Zé Ramalho e Zeca Baleiro para escutarmos. Chegamos em Haag depois de uns 45 minutos de carro e de uma bela paisagem interiorana ao por do sol. Nos arrumamos para sair. Saimos. No caminho, Tina dirigia rapidamente apesar das curvas da estrada. Eu brinquei com ela "Dirige rápido hein!" e depois perguntei "Você conhece todas as curvas daqui né? Para andar assim?" "Sim" disse ela. Eu só ri. Chegando numa cidade próxima passamos para buscar um amigo que ia conosco. Filip. Muito simpático este grande garoto. Seguimos viagem e não muito tempo depois, numa curva fechada, Tina entra a toda velocidade. Eu disse "Tina,..." denovo "Tina!" e já ouvia os pneus cantando como carro de corrida e, em um pequeno instante, Tina estava na contramão e no instante seguinte, já havia saido pela tangente da curva. Sim. Um acidente de carro. Batemos num pequeno poste de concreto que servia para sinalização e paramos no barranco a frente com os airbags estourados em nossas caras. Foi bem horrivelzinho mas o pior naqueles instantes de tensão é pensar no estado do outro. Logo saí do carro com meu nariz sangrando preocupadíssimo com Tina, pois a batida tinha sido do lado do motorista mas, por sorte, ela estava bem, assim como seu amigo Filip que foi o anjo salvador porque foi ele que manteve a cabeça fria e fez tudo o que tinha que fazer, chamar o polícia, avisar a alguns amigos,etc, enquanto Tina desesperada sem saber o que fazer e o que falar e eu tranquilo e feliz por não ter ocorrido nada com ninguém. Tina por sua vez não estava desesperada pela perda material do carro ou de ter que falar com os pais sobre isso e sobre toda a burocracia do acidente mas sim por o que nós pensariamos dela dali para a frente, de nunca mais querermos entrar num carro com ela ao volante, ou por ficar chateado de alguma forma com ela, ou seja, por possíveis traumas que ela causaria em nós. Achei uma maneira interessante de pensamento. Depois de tudo, da polícia, do guinchi, do hospital para os pequenos arranhões ela decidiu que iria para a festa de qualquer modo para, segundo ela, esquecer isso e tirar da cabeça esse acidente e pediu para que eu a ajudasse. Eu estava tão tranquilo sobre aquilo tudo que precisaria alguém me falar do acidente para eu me recordar...
Fomos para a festa...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Alemanha

Wuppertal,
28/04/10

Depois de retornar de Pisa e do meu giro pelo sul da Itália, repousei dois dias em Bologna onde reencontrei Francesco, Monica, Nicoló e até Rila que havia voltado de Londres. Quando cheguei percebi que ali era minha cidade na Itália, era como se tivesse retornado à casa. Porque é diferente você chegar em um lugar onde sabe onde estão as coisas, os endereços, ruas, etc.
Na quarta feira (hoje) viajei com a Ryanair para a Alemanha. Frankfurt (Hahn). Um jogo de marketing da empresa aérea que coloca o nome de Frankfurt em um aeroporto que fica a mais de 100 quilômetros da cidade. Mas, também, vôos por 3 euros... O vôo não foi muito agradável porém rápido. Dentro do avião vendiam de tudo. Perguntei o preço da água, 3 euros, traduzindo, 7 reais e 50. Estava com sede, continuei.
A mãe da Tina foi me buscar no aeroporto. Muito bem da parte dela porque o aeroporto ficava a 200 km do lugar onde ela está trabalhando no momento, ou seja, ela andar 400 km por minha causa. Agora estou nesta cidade chamada Wuppertal e a Alemanha me deixou uma muito boa primeira impressão. Andando pelas autobahns sem limite de velocidade passamos por Köln, Leverkusen, Nurburgring, onde tem o circuito de F1 e o circuito de testes o qual também tem no Grand Turismo... Amanhã saio para conhecer a cidade.

29/04/10

Hoje foi bem legal. Acordei pela primeira vez num país que não a Itália. Saí sozinho para conhecer um pouco a cidade. As ruas são muito limpas e têm muitas árvores. Fui ao centro onde havia o peculiar da cidade, uma espécie de trem só que de cabeça para baixo, de modo que o trilho é em cima e o vagão fica suspenso no ar sobre o rio que é também seu percurso. Entrei num shopping. O primeiro aqui na Europa que lembra os shoppings brasileiros. Dei uma volta para ver os preços, que tipo de coisas vendiam por aqui, como são as pessoas, escutar um pouco da língua... Bem interessante as coisas que vi. É, é cedo ainda, mas parece me que as meninas daqui são mais bonitas que as italianas. Depois de passar a tarde fora retorno à casa, me encontro com a mãe de Tina e vamos a Dusseldorf para conhecer a cidade e jantar por lá. É maior que Wuppertal e mais bonita. Não como as cidades italianas. É uma cidade muito moderna e industrial. Subimos na alta torre de TV para termos uma visão panorâmica da cidade. Subimos a 168 metros, em 45 segundos :D. Sim, estou na Alemanha, as casas características, a organização, os nós rodoviários, as indústrias ao fundo... Andamos na beira do rio, comemos por perto e passava por coincidência na TV o jogo Inter x Barcelona e o Barsa ganhou porém a Inter se classifica pela diferença dos gols. Comemos uma carne de porco empanada e batatas. Segundo ela, comida típica daqui. Demos outra volta no centro da cidade, voltamos, pegamos a autobahn, fomos guiados pelo GPS e em Wuppertal comemos o tradicional sorvete em que o garçom e também dono era italiano. Eu fiz o pedido em italiano e manggiamo um sorvete e depois retornamos à casa e eu pronto para dormir. A Alemanha é bem como eu imaginei por enquanto. A língua é incompreensível para mim mas dá para se virar facilmente com o inglês e isso é bom. Está um pouco mais quente do que imaginei, o que também é bom. Amanhã vou a Köln e depois a ... me esqueci o nome.
Continuando a viagem com a mochila nas costas!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Hello!

Ola pessoal. Retornando a escrever depois de muito tempo porem por pouco tempo. Mas o suficiente para dar noticias. No momento estou na Noruega mas quando deixei a casa da Tina para visitar o resto da Alemanha com o passe de trem, fui para: Frankfurt, Dredsen, Leipzig, Berlin, Hamburg e Bremen. De Bremen peguei um barato voo para a Noruega, Haugesund, onde mora Glenn e a familia dele. Cheguei no dia 15 de Maio. No dia 16 foi o meu aniversario e no dia 17 foi o dia da independencia da Noruega, isso quer dizer, nao fizemos nada mais nesses dias do que ficar a toa e festejar. Ja no dia seguinte, 18 de Maio, pegamos um voo para o norte da Noruega, uma pequena cidade chamada Molde, para conhecer aquela regiao. Ficamos hospedados na casa de um amigo do Glenn, na beira de um fiorde. Velejamos, conhecemos por terra, experenciamos a terra onde nao ha noite no verao... Lindo, eh o que posso dizer, e se nao abstrairam as fotos dirao. Depois fomos para Paris, via Oslo, onde tambem paramos para visitar um pouco da cidade. Paris 4 dias, linda, transbordada de brasileiros, falei portugues quase o tempo todo la... Fiquei com o sentimento de que ja vivi em Paris em alguma vida anterior, tudo me pareceu exageradamente familiar... Bom tempo la. Fomos inclusive ao show do Eric Clapton... Contarei os detalhes mais tarde quando tiver tempo, em outro texto. Pegamos o trem que passa debaixo do mar para ir a Liverpool com direito a parada em Londres para trocar de trem. Em Londres ja se percebia a diferenca da Inglaterra com o resto da Europa...Para comecar o lado em que os carros vao, muito estranho. Agradeco aos avisos no chao de "look at right" quando vou atravessar as ruas. Ficamos pouco tempo em Liverpool, porque um outro amigo do Glenn iria nos buscar em Liverpool, porem ele mora no Pais de Gales, e para la que fomos epassamos os proximos 4 dias. Foi lindo. Voltamos para Londres de busao para ver uma outra parte do pais. De volta a Londres desta vez ficamos por 3 dias, tao cheios que pareceram uma semana. Com direito a show de Mark Knoplfer no Royal Albert Hall e musical "We Will Rock You" baseado, obviamente, nas musicas de uma das minhas bandas favoritas "Queen". De aviao retornamos para a Noruega, onde estou no momento. E agora estamos buscando uma alternativa legal de eu poder ficar por mais tempo na Europa e quem sabe trabalhar um pouquinho para levantar uma graninha (o que ja ajuda).
Um pequeno texto apenas explicativo de como foram os meus ultimos dias, so para mante-los (quem quer que ainda esteja frequentando este blog) informados. Breve novos textos mais detalhados sobre as peripecias em Paris, Londres, Noruega e Pais de Gales. Abracos a todos e saudades do Brasil!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Napoli

Terca-feira
13/04/10
(Entao antes de Roma)
Pois bem, depois da subita decisao de vir a Napoli, depois do erro do trem noturno que sairia as 2:22 e nao 0:44 como tinha planejado, depois da noite mau-dormida no trem vejo a janela o sol nascente vermelho que surge por tras das pequenas montanhas ao leste. Um pouco embriagado ainda pelo sono me recordo que neste horizonte surgem tambem algumas industrias, depois pequenas casas ate' o concreto tomar conta de vez com a paisagem com altos predios que depois fiquei sabendo pelas placas da estacao que aquilo tudo era Roma. Nao era la o meu destino mas sim o da maioria esmagadora dos outros passageiros. De modo que me vi so na cabine que antes dividia com mais quatro homens. Depois das advertencias que havia recebido ainda em Bologna sobre o perigo de furtos em trens noturnos, ainda mais aquele que ia para a cidade mais violenta da Italia (Napoli), e estando sozinho na cabine, fiquei no dilema: durmo e deixo minha mochila e todas as minhas coisas desprotegidas pela minha inconsciencia ou ficaria acordado durante mais duas horas so pra nao correr esse risco? Dormi, obviamente. Mas antes pus a mochila e a sacola de presentes, que minha mae me incumbiu a distribuir pelos seus amigos napolitanos, numa posicao ao alto de modo que a pessoa teria que primeiro passar por cima de mim para pega-las. Foi um sono dos anjos. Nunca tinha dormido tao bem desde a minha primeira noite na Italia, e olha que fui acordado por tres vezes durante a viagem, primeiro pelo vendedor de petiscos e bebidas, depois por um cara que invadiu minha cabine querendo me vender ouro (???) e um terceiro que nao me lembro bem e so dei o trabalho de dizer "no, grazie", e ainda diversas outras vezes para verificar se tinha chegado. O leito nao era propicio para uma bela dormida como disse acima. Eram apenas dois bancos que juntos se transformavam num pequeno leito sem travesseiro mas com uma cabeceira macia. O meu corpo cabia ali apenas na posicao fetal e foi dessa maneira que me ajeitei. A pouco luz da manha que entrava pela janela, a cabine aquecida, o movimento do trem com vibracoes e curvas fizeram daquele um ambiente perfeito para um bom sono. Acordei com o meu despertador que havia posto para o horario previsto de chegada do trem 10:00. Com nenhum minuto de atraso o trem chegou na estacao central de Napoli. Eu, demente de sono, verifiquei 3 vezes para ver se nao havia deixado nada para tras pois neste estado costumo esquecer das coisas (por um exemplo um livro de Kerouac num onibus Goiania - Brasilia). Nao sabia se Guido iria me buscar na estacao e fiquei la de pe durante um bom tempo a procurar uma pessoa que nao sabia como era. Saio da estacao seguro de que ele ainda nao estava la, esperando encontrar uma bela praca com um chafariz onde pudesse me sentar calmamente a descansar e me deparo com uma pequena visao do inferno. Tudo havia a cor cinza do concreto, desde o chao ate as nuvens no ceu. No lugar onde imaginava a praca havia um espaco todo fechado, provavelmente para reforma ou construcao de algo, em frente um mar de onibus alaranjados se comprimiam numa extensao de asfalto, um abiente parecido com a rodoviaria de Brasilia sem a rodoviaria. Ao redor de tudo muitos carros estacionados e uma avenida empestada de carros e (mais ainda) vespas onde me perguntei se estava no mesmo planeta quanto as regras de transito. Mais adiante, seguindo meu raio de visao, erguiam-se predios relativamente altos e sem nenhum senso arquitetonico. Sentei-me no meio fio, dividindo o espaco com os ambulantes africanos que vendiam qualquer coisa. Abri o livro guia que carrego comigo para ver aonde iria para sair mais rapido dali, mas logo me lembrei que tinha de esperar Guido na rodoviaria. Ligo para ele, finalmente, e o mesmo estava a trabalhar de modo que quem iria me buscar seria sua mae Ester. Enquanto esperava fui dar uma olhada numa banquinha onde uma placa me chamava atencao: CD 1 euro. Eram CD's originais. Fui dar uma conferida. Os CD's nao eram muito bons, do tipo coletanea, alguns do Pavarotti, Andrea Bocceli e outros bons porem com a capa quebrada ou bem danificada... ate que ao lado havia outra plaquinha "tutto a 2 euros", fiquei meio cetico e desconfiado apos a primeira imprepressao mas fui olhar, to fazendo nada. Ja de cara vejo a capa de um disco que queria comprar a um bom tempo: "Brothers in Arms" de Dire Straits, nao hesitei, peguei o mais bem consevado e novo (eram novos e lacrados mas alguns tinham arranhoes) e coloquei no "carrinho de compra" e continuei olhando, encontrei um DVD do R.E.M., ainda nao conhecia essa banda alem da musica "Loosing my religion", hesitei de novo mas acabei levando. 10 reais, ainda esta na margem q posso gastar.
A mae de Guido foi me buscar. A senhora Ester. Desde o principio muito simpatica e sorridente. Gostei muito dela e eh em sua casa que ainda continuo hospedado. E foi aqui que chegamos depois de passar por um labirinto de ruas de trafico intenso... (TEXTO INCOMPLETO, FIQUEI 8 DIAS EM NAPOLI E AI ESTA ESCRITO APENAS A PRIMEIRA HORA, EH CLARO QUE AS SEGUINTES NAO SERIAM DETALHADAS COMO ESTA MAS POSSO DIZER QUE FOI A MELHOR SEMANA QUE PASSEI AQUI NA MINHA VIAGEM ATE AGORA, INFELIZMENTE NAO HA NADA ESCRITO PELO FATO DE NAO TER TIDO TEMPO PARA)


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Greve UnB

Que merda, acabou a greve. Agora estou oficialmente com pelo menos mais 1,5 mes de "ferias" depois que voltar ao Brasil. Mas isso pode ser bom. Talvez seja o timer exato para conseguir rearranjar um novo lugar para morar em Brasilia, pra tirar carteira de motorista (ja serei maior de idade :D) e eventualmente arrumar a burocracia para mudar de curso :P.

Notas de Viagem (Civil)

Estou num trem em direcao a Nurembuergue e olhando pela jantela e escutando um blues mergulho numa profunda reflexao sobre a minha situacao. E no meio de tudo surgeg uma intensa vontade de mudar meu curso, fazer engenharia civil. Sim, estou na Alemanha, o berco da automacao e onde se tem mais aplicacoes dessa e foi logo aqui que me vi fazendo Engenharia Civil e conseguindo ser feliz com a ideia. Alem do mais, penso que o Brasil ainda tem muito em que evoluir na area civil, estrutural antes que comecem as influencias na area automotiva... (Interrompido pela chegada a estacao)

Roma II

Na quarta-feira foi o dia do Colosseu. Colossal! Imenso surgido por entre os predios da avenida. Mas antes havia pego um onibus que ia ate a praca Venezia, uma praca diferente por ser elevada, eh uma praca sobre o morro e, como canso de dizer, as pracas aqui na Europa sao muito diferentes daquelas ai no Brasil. Havia ao topo das escadarias o Palacio a Victorio Emanuelle (se um dia vierem a Italia ouvirao muito esse nome), todo branco com colunas...enfim, havia um museu dentro, para variar, e sobre uma bela vista panoramica da cidade. A sua volta haviam ruinas da Roma antiga que mais tarde eu descobriria que era um grande parque com varias ruinas. Fui ao Colosseu nao muito distante. A entrada que deveria ser 11 euros era de graca por ser na semana da cultura la. Aproveitei a generosidade e entrei feliz. Por dentro nada de muito especial a nao ser um videozinho tosco pseudoexplicativo que tinha uma trilha sonora com musicas de Led Zeppelin. Desculpem a decepcao... Eh so isso... Ta, vou escrever mais sobre ele. Por aqui eh chamado "Anfiteatro Flavio" seu verdadeiro nome, criado com capacidade para 70 mil pessoas. Um grande feito para a engenheria da epoca apesar de hoje nao restar nada menos que a carcaca daquilo que foi durante muitos anos o palco principal para o lazer romano. Lutas entre humanos e animais, exibicoes e simulacoes excepcionais do habitat de um certo animal (para isso sendo transportadas para dentro da arena, e plantadas la, arvores gigantes e ate construindo pequenos rios), tudo para deixar o ambiente mais real e os jogos mais divertidos e interessantes. Depois do grande anfiteatro fui para a grande area ja citada, onde ha varias ruinas de uma escavacao, mostrando o resto daquilo que uma vez fora o centro do mundo, do poder. Ruinas que claramente pertenciam a construcoes grandiosas e algumas mais bem conservadas que serviram pra mostrar isso. Dentro deste parque conheci um homem que trabalha pela ONU no Chipre. Ele era da Republica Dominicana. Tivemos uma excelente conversa sobre os tipos de turismo e de pessoas ao redor do mundo. Prometi-lhe que iria ao Chipre e ele disse que seu sonho era ir ao Brasil. Peguem o mapa para ver onde eh o Chipre! E, nao se enganem, passei o dia todo nesses tres lugares. Eh muita coisa para se ver, garanto. No fim da tarde passei ao lado de um museu que havia um amostra sobre a Emigracao Italiana. Entrei para ver coisas sobre o Brasil e descobri que, disparadamente, o pais que tem mais imigrantes de origem italiana eh a Argentina, e o Brasil ocupa uma modesta segunda posicao. Depois de me recordar um pouco da novela Terra Nostra retorno ao hotel, descanso e saio para comer com o padre Giancarlo. Dessa vez comemos carne. Estava boa mas, com o preco que pagamos por aquele modesto prato individual de picanha no Brasil se come um rodizio no Montana Grill. Nao fui eu que paguei. Depois comemos o classico gelato pos janta (se come muito sorvete aqui, e eh muito melhor que o sorvete brasileiro) e voltei pra casa...cama. Um ritmo alicinante e exaustivo. Na quinta foi um dia mais livre e foi o dia que eu mais vaguei pela cidade, descobrindo os pontos para "meditar", as igrejas surpreendentes, as pracas pitorescas e cheias de vida, as fontes e chafarizes que foram cenario de filmes romanticos na decada de 30... Um belo dia. O melhor daqueles que passei aqui. De noite mangiamos um risotto muito bom com uma especie de camarao um pouco maior.
O dia seguinte, ontem, o tempo se fechou e a Roma bonita e ensolarada que havia conhecido desapareceu por entre as nuvens. Fui ao centro novamente. Praca da republica, igreja, igreja, igrejas... Estava passando por um museu quando entrei para procurar por um banheiro, usei o banheiro e percebi que aquele museu tambem era gratuito. Entrei pra matar o tempo. Um lindo museu mas nao tao lindo quanto aquele que visitaria a noite: "Musei dei Vaticano", um imenso complexo de museus que fica dentro dos muros do Vaticano que expoe muitas obras de arte, e nao so aquelas relacionadas a igreja. No fim de 3 horas de museu e tudo mais ha o 'Grand Finale', a Capela Sistina onde estao os lendarios afrescos de Michelangelo. Eh fantastico, fantastico! Cada vez fica mais facil se embasbacar com tamanha capacidade criativa do ser humano. Eu sinto muito por estar cansado e nao querer escrever um texto relevante sobre esse assunto que esta bem (a)fresco na minha mente. Hoje foi o dia de deixar o hotel. Peguei minhas coisas todas, torci que coubesse tudo na mochila e me mandei. Fiquei mais algumas horas andando pelo centro e fui para o terminal de trem em direcao a Pisa. Sorte a de voces de poderem ler com as letras exatas do computador e nao o real manuscrito as letras tortas e tremidas do trem... Pisa, Pisa, aqui vou eu!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Augustiner

Estou em Munique, sao onze e meia da noite, tomando uma cerveja "Augustiner" no bar do albergue que por sinal esta cheio. Minha ulmtima noite em Munique e a promessa de tomar cerveja nas terras da bavaria foi cumprida. Amanha cedo vou para Salzburgo, na Austria. Beijos a todos!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Roma

19/04/2010
"Quem tem boca...", aqui estou. Roma, Roma... Cheguei na segunda-feira a tarde e tive sorte porque desde segunda faz um belo tempo. O sol aparece com muita frequencia dispensando, pela primeira vez, a minha jaqueta. Ah, como eh melhor assim. Nao gosto de roupas de frio com suas mangas compridas que tampam todo o braco... Para mim essa temperatura que faz aqui nesses dias eh a ideal. De dia por volta dos 19,20,21 graus celcius. Perfeito para um turista que anda de la pra ca sob o sol durante o dia todo. E eh basicamente isso que tenho feito ultimamente. Giancarlo eh o nome do "meu amigo" aqui em Roma. Ele eh um padre dominicano. Nao havia como me hospedar em sua casa pois ele mora no internato da escola dos oficiais da policia e nao tem como ter hospedes, de modo que, muito gentilmente ele me ofereceu um quarto na "casa de freiras" que nada mais eh do que um pequeno hotel com "douze" quartos, onde estou neste exato momento, no quarto seis, um quarto com duas camas de solteiro e uma TV e, eh claro, um limpo e belo banheiro.
Na noite em que cheguei so deu tempo de sair pra jantar, o que tambem se repetiria nos dias seguintes. Comemos pizza, daquele jeito, uma pra cada. Voltei, dormi bem. No outro dia cedo, depois do cafe da manha oferecido no (que chamaremos de) hotel (daqui pra frente), Giancarlo me buscou com seu motorista particular e me deixou na Piazza Pietro. Uma bela maneira de se comecar a conhecer Roma, e que bela! A praca eh magnifica porem nada mais do que aquilo doque devem conhecer nos filmes e nas fotos. Em frente a Basilica imensa com a sua cupula mundialmente conhecida. Aqui se percebe bem que eh uma cidade turistica ou ponto turistico. A praca cheia, cheia, cheia e cheia de pessoas (agora efetivamente) de todo o mundo. Japoneses, Alemaes, Ingleses, Americanos, Espanhois, Italianos e Franceses sao os que aparecem com mais frequencia, mas nao raramente se escuta alguns "Vem aqui!", "Tira uma foto minha assim!", "Vamo ali oh!" de turistas brasileiros nao muito diferentes dos europeus, fisicamente falando, porque a maioria daqueles que tem a oportunidade de dar as caras por aqui sao exatamente os brancos que carregam no sangeu e nos sobrenomes um pouco da Europa dos seus antepassados, nao excluindo eu, sendo 50% polones e carregando um peculiar Cezne como sobrenome.
Entrando na Igreja, depois de passar por um forte esquema de seguranca igual ao de um aeroporto, com detectores de metais e tudo mais, se ve o dourado que nos enche os olhos, eh lindo. Nao eh a toa que eh a maior construcao da Igreja Catolica do mundo. Cor de ouro eh a cor dominante no interior da Basilica, e branco. Nao ha ponto onde olhar que nao tenha alguma decoracao, ou afresco, ou mosaico, ou pintura, ou ouro... La dentro tem varias esculturas de varios artistas conhecidos (quando for velho e tiver tempo e dinheiro suficiente para pagar um guia direi exatamente os nomes dos artistas, peculiaridades das obras, etc, etc...). A mais conhecida a "Pietá" (acabei de descobrir como coloca acento agudo nesse teclado) de Michelangelo, bonita. Porém a minha atencao toda, ali do lado da obra prima de Michelangelo, estava numa moca , linda, loira que para mim estava mais abencoada que os santos da igreja e mais iluminada que os anjos na cupula. Procurava encontrar um defeito naquilo que parecia a perfeicao à minha frente, em vao. Quando ela olhava para mim com seus olhos negros era como olhar ao sol, apesar da sua beleza nao se consegue fixar o olhar por causa do seu forte brilho, e logo eu desviava o olho mas logo logo ele voltava teimoso a admirá-la como um olho suicida: preferia olhá-la por pouquíssimos instantes e correr o risco de nao ver mais nada no mundo, de cegar se a perder aquela maravilhosa visao da perfeicao para todo o sempre. Como do nada apareceu do nada se foi e eu me vi sozinho de novo no meio daquelas centenas de turistas.
Sob a Basilica estavam os tumulos dos ex-papas. O mais bonito o de Joao Paulo I, o mais visitado, disparadamente, o de Joao Paulo II. No sentido oposto, ou seja, sobre a Basilica, tem a cúpula a qual pode subir. 5€ para subir a pé e 7€ para quem quisesse o elevador. 563 degraus. Subi para a recompensa no alto. Se via um excelente panorama da cidade de um dos seus pontos mais altos. Linda é Roma. Teria ficado mais tempo la em cima adimirando e meditando se nao tivessem tantos turistas. Fui meditar na praca, sentado nos pes de uma das colunas e aproveitei tambem para comer, almocar ali nos pes da Basilica, dois sanduichinhos e beber agua. Como gosto disso! Viveria so disso se possivel, errante pelas pracas do mundo. Conheci uma hermana argentina que parecia o Maradonna, pedi para ela tirar um, tirou duas, e depois cada um seguiu o seu caminho. Ah, conheci tambem duas simpaticas holandezas, porem mais umas tipicas amizades de 5 minutos... Fui ao castelo Sant'angelo depois. Um castelinho legal onde tem um pequeno museu. Foi la que descobri que estou numa especie de semana cultural e alguns museus e pontos turisticos de Roma estao abertos ao publico de graca. Sorte minha. Vou andar um pouco ao centro para dar aquela conhecida e ao anoitecer retorno à casa. Giancarlo me levou ao centro novamente para perto de onde ele rezava uma missa. Me deixou andar pela regiao, como gosto. Era proximo a uma praca (que mais tarde retornaria à luz do dia) muito bonita chamada P. Navona, é tambem a localidade da embaixada do Brasil, num predio muito bonito por sinal. Na praca se espalham artistas, pintores, musicos e comediantes, um bom passeio. Alguns, a maioria, tinha muito talento, um ambiente bem bucolico. Depois de dar uma volta vou para um dos cafes ao redor da praca para ver de longe o jogo Inter x Barcelona. Eu acho que sou pe quente para o Inter, primeiro em Urbino quando a Inter derotou o Chelsea com gol de Eto'o e agora aqui em Roma. Quando cheguei estava 1 a zero para o Barca, quando sai 2 a 1 para a Inter.
Fui a igreja, peguei o fimzinho da missa e fomos comer uma salada e macarrao. Voltei morto e cai na cama

domingo, 25 de abril de 2010

Capri

Os fatos aqui estao um pouco fora de ordem, antes de Capri eu passei cinco dias em Napoli e dois na ilha de Ischia os quais citarei melhor depois, pois ainda nao os escrevi.

Me ponho a escrever aqui em Capri, uma ilha proxima a Napoli. Começou a chover e eu estou abrigado numa espécie de mesa coberta onde havia parado para comer meu panini que trouxera de casa. Ha pouco tempo descobri que essa ilha que estou é a ilha onde se passa um dos circuitos de Rally do jogo de video-game Grand Turismo. Um excelente jogo de carro o qual marcou boa parte da minha infancia e adolecencia, boa parte. Esse lindo circuito estivera no jogo com o nome de Città di Amalfi e as vezes o jogava somente para me deliciar com a bela paisagem virtual do outro lado da tela. Com o meu Hilux Prototype Rally Edition fazia o circuito em 4 minutos. A pé com a quantidade de subidas, descidas e possiveis paradas para observar o cenario, calculei 3 horas. Havia chegado de barco da ilha de Ischia as 11 e voltaria as 4 e 40 da tarde, tranquilo. No jogo sempre que se jogava havia um tempo excelente: o céu totalmente limpo, o sol brilhando, as aguas muito claras... Chego aqui no frio, com uma neblina expessa e agora começa a chover... Era um sonho da minha adolecencia vir para esta ilha mesmo sem saber exatamente onde ficava, e, de uma maneira coincidentemente inesperada aqui estou, realizando um dos meus "sonhos". Agora a chuva deu uma parada, vou aproveitar...

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A chuva nao havia parado. Nao sabia aonde ia e fui procurar um lugar no centro onde pudesse me localizar no mapa e decidir aonde ia. Havia um grupo de turistas americanos que estavam parados no unico lugar coberto e protegido da chuva. Enquanto analisava o mapa ouvia o guia deste grupo dizendo: "A chuva aqui pode durar tres dias entao...". Nem esperei ele terminar o que estava dizendo. Em Goiania quando chove a gente espera a chuva passar para fazermos algo. Nao tinha tempo para esperar 3 dias e me meti debaixo da chuva, escolhi uma direçao aleatoria e me mandei. Escolhi bem. Fui parar num lugar lindo e sem nenhum turista. Lindo mesmo. Fiquei um pouco ali debeixo da chuva me aventurando no meio das pedras e vendo de quando em quando barcos de turistas passando distante e tirando fotos. Fiz alguns videos toscos e faria mais se nao tivesse medo de que a maquina quebrasse com a agua da chuva que entrava em seus meios eletronicos. Voltei, peguei o funicular para descer ao porto. Dentro do funicular conheci alguns brasileiros muito simpaticos, sempre de Sao Paulo. Um homem me deu um mapa turistico de Roma quando soube que eu iria para la poucos dias mais tarde. Infelizmente tivemos que nos separar por motivos obvios assim que chegamos na estacao final do funicular. Estavam em um grupo. Eram por volta de 40 pessoas. Todos com mais de 40 anos e a maioria com mais de 60. Eh bom escutar o portugues depois de tanto tempo. Na verdade é bom conversar em portugues, porque ouvir se ouve ate com certa frequencia em bares, restaurantes, na rua, na radio as musicas brasileiras, Tribalistas, Ivete Sangalo, Chico Buarque, Garota de Ipanema (pra variar), Originais do Samba, Caetano Veloso, etc, etc. A musica brasileira é bem apreciada por aqui e se fala muito do Brasil na Italia. Fiquei satisfeito. Imaginara um pouco mais de apatia. OK. Voltando ao porto, onde pegaria o barco de volta para Ischia, vi que ainda faltavam 40 minutos para a saida. Por orgulho fui terminar o circuito do Grand Turismo a pé. Ja havia feito metade antes quando subi a montanha, faltava a outra metade e teria que subir de novo. Fiz essa parte do circuito e percebi que o video-game era fidedigno em algumas casas e paisagens e nao em outras, sempre mudando para melhor, é claro. O circuito era muito menor que eu imaginava. Enfim. Estou indo de volta a Ischia e amanha vou a Roma.