terça-feira, 4 de maio de 2010

Roma

19/04/2010
"Quem tem boca...", aqui estou. Roma, Roma... Cheguei na segunda-feira a tarde e tive sorte porque desde segunda faz um belo tempo. O sol aparece com muita frequencia dispensando, pela primeira vez, a minha jaqueta. Ah, como eh melhor assim. Nao gosto de roupas de frio com suas mangas compridas que tampam todo o braco... Para mim essa temperatura que faz aqui nesses dias eh a ideal. De dia por volta dos 19,20,21 graus celcius. Perfeito para um turista que anda de la pra ca sob o sol durante o dia todo. E eh basicamente isso que tenho feito ultimamente. Giancarlo eh o nome do "meu amigo" aqui em Roma. Ele eh um padre dominicano. Nao havia como me hospedar em sua casa pois ele mora no internato da escola dos oficiais da policia e nao tem como ter hospedes, de modo que, muito gentilmente ele me ofereceu um quarto na "casa de freiras" que nada mais eh do que um pequeno hotel com "douze" quartos, onde estou neste exato momento, no quarto seis, um quarto com duas camas de solteiro e uma TV e, eh claro, um limpo e belo banheiro.
Na noite em que cheguei so deu tempo de sair pra jantar, o que tambem se repetiria nos dias seguintes. Comemos pizza, daquele jeito, uma pra cada. Voltei, dormi bem. No outro dia cedo, depois do cafe da manha oferecido no (que chamaremos de) hotel (daqui pra frente), Giancarlo me buscou com seu motorista particular e me deixou na Piazza Pietro. Uma bela maneira de se comecar a conhecer Roma, e que bela! A praca eh magnifica porem nada mais do que aquilo doque devem conhecer nos filmes e nas fotos. Em frente a Basilica imensa com a sua cupula mundialmente conhecida. Aqui se percebe bem que eh uma cidade turistica ou ponto turistico. A praca cheia, cheia, cheia e cheia de pessoas (agora efetivamente) de todo o mundo. Japoneses, Alemaes, Ingleses, Americanos, Espanhois, Italianos e Franceses sao os que aparecem com mais frequencia, mas nao raramente se escuta alguns "Vem aqui!", "Tira uma foto minha assim!", "Vamo ali oh!" de turistas brasileiros nao muito diferentes dos europeus, fisicamente falando, porque a maioria daqueles que tem a oportunidade de dar as caras por aqui sao exatamente os brancos que carregam no sangeu e nos sobrenomes um pouco da Europa dos seus antepassados, nao excluindo eu, sendo 50% polones e carregando um peculiar Cezne como sobrenome.
Entrando na Igreja, depois de passar por um forte esquema de seguranca igual ao de um aeroporto, com detectores de metais e tudo mais, se ve o dourado que nos enche os olhos, eh lindo. Nao eh a toa que eh a maior construcao da Igreja Catolica do mundo. Cor de ouro eh a cor dominante no interior da Basilica, e branco. Nao ha ponto onde olhar que nao tenha alguma decoracao, ou afresco, ou mosaico, ou pintura, ou ouro... La dentro tem varias esculturas de varios artistas conhecidos (quando for velho e tiver tempo e dinheiro suficiente para pagar um guia direi exatamente os nomes dos artistas, peculiaridades das obras, etc, etc...). A mais conhecida a "Pietá" (acabei de descobrir como coloca acento agudo nesse teclado) de Michelangelo, bonita. Porém a minha atencao toda, ali do lado da obra prima de Michelangelo, estava numa moca , linda, loira que para mim estava mais abencoada que os santos da igreja e mais iluminada que os anjos na cupula. Procurava encontrar um defeito naquilo que parecia a perfeicao à minha frente, em vao. Quando ela olhava para mim com seus olhos negros era como olhar ao sol, apesar da sua beleza nao se consegue fixar o olhar por causa do seu forte brilho, e logo eu desviava o olho mas logo logo ele voltava teimoso a admirá-la como um olho suicida: preferia olhá-la por pouquíssimos instantes e correr o risco de nao ver mais nada no mundo, de cegar se a perder aquela maravilhosa visao da perfeicao para todo o sempre. Como do nada apareceu do nada se foi e eu me vi sozinho de novo no meio daquelas centenas de turistas.
Sob a Basilica estavam os tumulos dos ex-papas. O mais bonito o de Joao Paulo I, o mais visitado, disparadamente, o de Joao Paulo II. No sentido oposto, ou seja, sobre a Basilica, tem a cúpula a qual pode subir. 5€ para subir a pé e 7€ para quem quisesse o elevador. 563 degraus. Subi para a recompensa no alto. Se via um excelente panorama da cidade de um dos seus pontos mais altos. Linda é Roma. Teria ficado mais tempo la em cima adimirando e meditando se nao tivessem tantos turistas. Fui meditar na praca, sentado nos pes de uma das colunas e aproveitei tambem para comer, almocar ali nos pes da Basilica, dois sanduichinhos e beber agua. Como gosto disso! Viveria so disso se possivel, errante pelas pracas do mundo. Conheci uma hermana argentina que parecia o Maradonna, pedi para ela tirar um, tirou duas, e depois cada um seguiu o seu caminho. Ah, conheci tambem duas simpaticas holandezas, porem mais umas tipicas amizades de 5 minutos... Fui ao castelo Sant'angelo depois. Um castelinho legal onde tem um pequeno museu. Foi la que descobri que estou numa especie de semana cultural e alguns museus e pontos turisticos de Roma estao abertos ao publico de graca. Sorte minha. Vou andar um pouco ao centro para dar aquela conhecida e ao anoitecer retorno à casa. Giancarlo me levou ao centro novamente para perto de onde ele rezava uma missa. Me deixou andar pela regiao, como gosto. Era proximo a uma praca (que mais tarde retornaria à luz do dia) muito bonita chamada P. Navona, é tambem a localidade da embaixada do Brasil, num predio muito bonito por sinal. Na praca se espalham artistas, pintores, musicos e comediantes, um bom passeio. Alguns, a maioria, tinha muito talento, um ambiente bem bucolico. Depois de dar uma volta vou para um dos cafes ao redor da praca para ver de longe o jogo Inter x Barcelona. Eu acho que sou pe quente para o Inter, primeiro em Urbino quando a Inter derotou o Chelsea com gol de Eto'o e agora aqui em Roma. Quando cheguei estava 1 a zero para o Barca, quando sai 2 a 1 para a Inter.
Fui a igreja, peguei o fimzinho da missa e fomos comer uma salada e macarrao. Voltei morto e cai na cama

Um comentário:

Daniel Simon disse...

Acho que meus comentários estão ficando sem sentido, por mais que eu abstraia ou imagine, não consigo sentir tais sensações, só estando ai mesmo.