segunda-feira, 12 de maio de 2008

Meu final de semana [2]

Imaginem só! Sábado não teve provas. Só aos alunos de recuperação. Eu sinto muito a eles e lhes desejo uma boa sorte com as notas. Sem provas, eu decidi aproveitar a tarde para alguma coisa. Logo depois da aula, eu e minha mãe fomos almoçar na Católica (tinha um almoço dos professores em comemoração ao dia dos Trabalhadores). Chegando lá fico atrás de minha mãe como se fosse sua sombra, cumprimentando conhecidos dela e meus conhecidos (sim, eu conheço vários colegas de trabalho de minha mãe) e conhecidos dela e meus desconhecidos. Um que me chamou a atenção foi uma simpática pessoa, muito amigável e cativante(pelo menos aparentemente) que já conhecia. Pai de Clara, Eduardo S., e, ao meu ver, se parece muito com ela. Sento numa mesa onde estão Carol, seu marido Clóvis e seu filho Daniel, sim, o da Dipirona sódica. Fiquei feliz ao vê-lo, não morreu. Sentei segurando o meu prato que parecia um morro, o topo do meu prato estava até congelado, igual os Alpes... Neste momento, tive a (in?)felicidade de ver uma individua de baixa estatura, aparentemente inofensiva, o que não impede que a torne amedrontadora e detentora de um moral inigualável na sua esfera de atuação. Se pensou na querida Oscalina, acertou. Me cumprimenta. Aceito os cumprimentos e retribuo com um balançar de mãos, tudo isso com um pedaço de algo verde saíndo da minha boca, aquelas folhinhas que se tem no feijão tropeiro... Ela se senta numa mesa que tem uma figura igualmente velha (e depois fiquei sabendo) e com um nome igualmente estranho. As duas longe da filha da Oscalina, sentada numa mesa com algumas amigas, todas vestidas com uniforme do Dinâmico, e a irmã, aquela que fez cursinho no WR pra passar em Medicina na UFG. Conversei um pouco sobre futebol com Clóvis enquanto comia. Goiás, sinto muito, mas será rebaixado( :D ).


Depois que os dobramentos modernos sumiram misteriosamente do meu prato, assim como os seus topos nevados, me levanto para repetir a dose. Comi mais do que o suficiente. Olho em volta, procuro algo para fazer, vejo professores de diversas matérias, garçons, comida e... Daniel. Também tinha o grupo de garotas do Dinâmico, conhecia nenhuma delas, assim, pessoalmente. Preferi tirar o Daniel, que estava de mal, para dar uma volta no Campus. Ele aceitou na hora. Provavelmente ele não deveria estar gostando daquelas conversas filosóficas ou da ética da Biomedicina... Andamos um pouco pra explorar o Campus vazio. Observei um animal estranho andando ao chão perto de nós. Era uma taturana. Mostrei a ele e expliquei-lhe sobre a queimadura que ela possivelmente causa ao triscar-lhe (possivelmente porque não sei se isso é verdade ou mito, não conheço ninguém que já foi queimado por uma taturana). Depois de dizer com dificuldade o nome do animal, Daniel pegou um pedaço de planta seca e botou na direção do animal "Queima essa planta!", Daniel na espectativa de ver a plantinha pegar fogo com o simples toque do animal. Quando viu que não era do jeito que imaginava, pegou a primeira pedra ao seu alcance e, sem hesitar, jogou forte em sua direção, matando-a de primeira, e expondo as suas tripas e vísceras ao clarão do sol de uma da tarde. Vísceras estranhas das entranhas do animas, meio esverdeadas, que continuava pulsando como um coração aberto. Enquanto eu "contemplava" essa cena, os Alpes com topos nevados quase ressurgiram em forma de morro do Dendê, se é que me entendem. O pedaço do animal recebe uma segunda pedrada, dessa vez mais forte que a primeira, acertou. Creio que não preciso especificar o que aconteceu com o animal, pobre animal. "Daniel, porque você fez isso? O bichinho não fez nada a você!" "Mas se o animal queima a gente, a gente tem que matar ele". Não tive como responder. Ele estava certo. Gosto muito de crianças, sorte dele. Inventava um monte de brincadeiras pra ele fazer, até que apareceu um menino um pouco menor que ele, logo se enturmaram e saíram correndo e brincando. Fiquei observando. O tipo de brincadeira era aquela: "Eu dou conta de fazer isso e você não dáááááá!" "Ah, mas eu do conta de fazer isso aqui ó!". Fiquei observando aquilo por bons 20 minutos até que coloquei-os para brincar de pique-esconde, mas adivinhem só. Eu era o pego. Contava longos 50 segundos e aproveitava esse tempo pra descansar um pouco, sentir o vento batendo em meu rosto e observar as plantas sinuosas sobre a minha cabeça. Entrei de verdade na brincadeira, tanto porque o Campus é enorme, e estou responável por duas crianças, uma de 5 outra de 4 anos, perdidas por ai. Para minha felicidade eles faziam muito barulho, facilitando a mim. E eu corria de verdade, não deixava eles baterem antes de mim, eles tem que aprender a perder, sinto muito. Foi um bom tempo que eu passei ali com aqueles arteiros, tanto que eu perdi o horário do filme que tinha combinado de assistir com Lucas no Banana Shopping. O filme era as 2:50 e já eram 3. Mesmo assim fui ao shopping com a esperança de Lucas não ter entrado.. Cheguei lá, perguntei pro carinha do cinema e ele confirmou a entrada do Lucas. Calculei que o filme terminaria as 5 horas. "Vou dar uma volta". Passeei (palavra estranha né?) pelo Shopping e aproveitei para comprar o presente de minha mãe, um jogo de sabonetes e um hidratante. Escolhi esse presente por três motivos: O primeiro é porque a vendedora me atraiu, era bonita, sim, a beleza atrai. Perguntei sobre os sabonetes na vitrine, nisso percebi que ela tinha problema na fala, não me lembro se ela não falava o erre ou era lingua enrolada... . Segundo motivo: Minha mãe gosta desses negócios. Terceiro: Era uma das únicas coisas que poderia comprar com o dinheiro que possuía ali no momento. Depois disso fui ver se a loja de música da rua 3 estava aberta. Não estava. Voltei. Sentei na praça de alimentação, esperei, esperei, levantei, derrubei a cadeira, todo mundo viu, eu sorri. Fui embora. Eram quatro eu pouco, não aguentaria esperar mais. Fui à pé pra casa, sem um real no bolso, com o presente de minha mãe numa sacola rosa da loja. No caminho, algumas meninas mecheram comigo quando passava por uma esquina e, instintivamente, havia rodado a sacola na minha mão "Eu vi alguém rodando bolsinha rosa na esquina", eu não disse nada, parei, olhei, uma mais feia que a outra,"não perderei tempo", pensei, continuei "íiii, vai soltar a franga!", ri da situação, que povo tosco!

Chegando em casa fui direto ao computador como o de costume, usei MSN e joguei video-game até algumas 9:30 da noite, quando fui chamado pelo Rubem, um amigo meu de longa data, vizinho meu, para uma festa de alguns conhecidos nossos, festa de aniversário da Paula. Me arrumei. Fomos à pé, é longe, sim, é perigoso sair as nove e meia da noite à pé, mas foi tranquilo apesar dos três gatos negros que cruzaram a nossa frente. Azar por...21 anos? Ainda bem que eu não acredito nisso, senão morria de depressão... Cheguei lá, cumprimentei a galera. Festa agradável com Samuel, Gabriel, João Gabriel, Ana Clara, Handressa, Rubem (claro) e Amanda. Meninas estavam num dia, diferente... Não comentarei aqui, privacidade... Só sei que jogamos truco, apostado, eu e o Rubem contra Handressa e Ana Clara (a gente já tinha jogado apostado uma outra vez, mas nós perdemos, e tivemos que escrever um depoimento no orkut das duas) mas desta vez foi diferente, ganhamos. Tivemos que ir embora, e agora temos tempo pra pensar na prenda, não falarei dos detalhes porque... seria ruim. Este blog existe, se você ainda não percebeu, para me auto-promover, como pesso inteligente, que vive uma vida legal, de estudante, adolescente em fase de mudanças... etc etc, mas lembrem-se, o narrador sou eu, narrador personagem, controlador dos fatos, eu decido o que escrevo e é muito claro que eu só escrevo as coisas que eu quero que vocês leiam sobre mim e escondo as ruins, quer dizer, NÃO EXISTEM COISAS RUINS SOBRE MIM, entenderam?!?! Enfim, voltei pra casa, não tinha ninguém no MSN, não passava nada de bom na TV, dormi.

Domingo. 8:15. Acordei, hoje é dia das mães, tenho o jogo no SESC Faiçalville (do outro lado do cosmo) pela copa SESC. Iria ao jogo e depois passar o resto do dia com minha querida. Dito e feito, saí de casa quando ocorreu a largada da Fórmula 1, às 9. O jogo começaria às 11:40, mas como tinhamos que pegar dois ônibus até lá, preferimos não correr o risco (está no plural porque fomos eu, Rubem e Vinícius). Parada no terminal Bandeira depois de um longo caminho passando toda a T-9. Estava uma linda manhã. Chegamos do outro lado do cosmo. Esperamos o resto do time chegar para o jogo. O jogador que ficou encarregado de trazer o uniforme chegou 10 minutos antes do jogo começar... Espectativa foi grande. A hora do jogo. No vestiário fiquei conhecendo melhor meu time (no melhor dos sentidos a frase anterior), porque eu não sabia quem era o meu time. O nome é Black Horses, antes que digam algo, não fui eu quem decidi o nome(http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=51515585). (você que não gosta de futebol, pule esta parte) Começei o jogo no banco. Estávamos perdendo de 2x1 quando eu decedi entrar no lugar de um fixo (zagueiro), mas logo ao entrar via que minha posição não era ali, fui, instintivamente ao ataque, dei uma investida como o Lúcio às vezes faz na seleção brasileira, mas, diferentemente dele, eu sou matador, primeira investida minha no ataque, GOL!, marquei o gol de empate. Eles marcaram outro quando o meu time me deixou sozinho atrás contra dois deles. Intervalo. Conversamos com um técnico imaginário e voltamos pensando na bronca que levamos deste. Voltei junto com o time começando o segundo tempo como titular. Ajeitamos o time, viramos o jogo para 4 a 3. Cansei, saí. Voltei. Roubei uma bola na intermediária, um-dois com o companheiro, fui indo, fui indo, e dei um belo chute no ângulo. GOL!. Ficou 6 a 3 até que o nosso time amoleceu e levamos 2 na bobeira. 6x5. Temos que melhorar.

Dividimos uma coca e fomos embora. No Terminal Bandeira, o goleiro do time, Soneca, disse "Nossa véi, eu tenho uma queda por gordinhas" Neste momento tinha uma mulher gorda sentada do lado dele a uns bons 1,5 metros. Esta ficou alegrinha. KKKKKKKKKKKKKKKKKK. Ri da situação... E ele nem percebeu a presença dela. Pobre mulher.Enfim. Dois ônibus novamente. Casa. Minha mãe tinha chegado do Supermercado. Me arrumei. Fomos ao Flamboyant. Almoçei Bob's, contra o costume, e depois fomos à feira do artesanato. Enquanto eu dei a volta completa na feira, minha mãe havia visitado apenas uma loja de roupas da Índia... Saí. Fiquei só na mesa da praça de alimentação, numa mesa, na esperança de encontrar alguém conhecido. Ninguém. Minha mãe saíu. Fomos ao cinema assistir "Quebrendo a Banca", já na sala de cinema, havia um velho que estava sentado na primeira cadeira da fila, detalhe, estava dormindo. Um grupo de pessoas teve a coragem de acordá-lo. Ele pediu para que eles dessem a volta e entrasse pelo outro lado, e assim foi com todas as pessoas que chegavam lá. Resultado, o cinema cheio e bem no meio, nas melhores posições, havia uma fila inteira vazia, só com o velho dorminhoco. O filme foi muito bom, não excelente, mas bom. Depois saimos logo, fomos jantar no Kampai. Ótima janta. Comida excelente, ótimo atendimento, Yakissoba delicioso e salmão no ponto. Fazia tempo que não comia tão bem assim.
Voltei pra casa, usei o MSN como sempre e dormi assistindo a um filme que sempre repetiu na Globo, Carga Explosiva.
ÓTIMO FINAL DE SEMANA, e bem produtivo!

3 comentários:

Daniel Simon disse...

Parabéns,ócio bem aproveitado.

Talita Nunes disse...

EAEHAUEHAUE
Pois eu digo que foi um final de semana e tanto;
Bom saber das suas aventuras :D
;*

Polyana Franco disse...

;)
eu já sabia.
eu já sábia.
eu já sabia.

:D
eu gostaria de relatar as coisas com tanta minunciosidade assim como você.Praticamente um "livro" aberto.
E eu concordo( mesmo achando bixa),mulheres gostam infelizmente de mel escorrendo.
Mas enfim,como diria,boa aventura. : )

adoro demais vcê,
coisinha fofa da Pory ;*~